quinta-feira, 30 de junho de 2011

A diferença entre ter e causar.

Porque eu  tenho dois olhos e posso olhar em uma  direção.
Porque eu  tenho uma boca e posso beijar a  uma carne..
Porque eu  tenho duas mãos e posso tocar a  um corpo.
Porque eu  tenho uma pulsação e posso desejar a uma não solitária experiência.
Porque depois das consequências ..... já não causo só.
Míriam Machado
Texto escrito em 29 de Junho de 2011.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

...

Já dizia minha mãe:
"Deus foi perfeito, quando fez com que apenas nós mesmos soubéssemos de nossos pensamentos....Os outros não podem saber o que estamos a pensar... Perfeito..."
É...
Estou a pensar agora que...



Míriam Machado.
29 de Junho de 2011
22:21hs

domingo, 26 de junho de 2011

As coisas...

Essas coisas...
Diga-me se essas coisas..
Essas coisas quando morrem...  tornam-se ficção?
E essas coisas...
Essas mesmas coisas...
Se não morrem...
Mas também  não vivem o real de suas experiências...
O que elas são,  então?


Míriam Machado
26 de Junho de 2011

Sábado em casa ...


Com minha mãe e minha irmã aquecendo nosso final de semana...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cadê?


Permitir-se  assumir que em tudo existe a  cor.
Filosofias  que saem de  bocas tagarelas...
Sons que balancem mesmo que sem ritmo, o corpo.
Atitude de quem não tema sinais vitais.
Escritas atrevidas.
Questionamentos mesmo que sem respostas.
Uma novidade.
Uma partilha.
Um café.
Uma colher de açúcar.
Um  abraço...quente.
A sintonia de olhares  e uma consequência  cumpliciosa.
A consciência de  que nunca  se está pronto.
A  inconsciência de quem completa o texto.
Um ser  de  doçura porque a mesma é de graça.
A lembrança de que para viver não paga nada e que para todo o resto... paga-se a  si mesmo   através das  contas mais caras...
A continuidade  depois que se termina algo....
Que escute mais o que  tem a dizer do que diga sem ouvir as próprias palavras.
Que se acabe e recomece no desejo.
Quem  senta-se aos meios fios e fale  de uma vida inteira.
E que no inteiro assuma todos os teus  buracos.
Quem  consegue....
Cadê?


Míriam Machado
21 de Junho de 2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pronta.

No meu blog "Que nem rabo de lagartixa e cor de camaleão." :

Pronta:

http://quenemrabodelagartixacordecamaleao.blogspot.com/2010/11/pronta.html

Essa sensação aí.....que lhe causo agora.





Aquele gigante...
Ele me aparece às vezes....
Eu sei que não vai adiantar correr...
E nem tentar me esconder...
A tua sombra chega a mim muito antes do mesmo...
E me crava com suas unhas duras e negras.
Não estou  tomada de medo.
Mas sim,  de uma consciência e esta, nunca fora boazinha para comigo.
Tal qualidade me lança frente a esse ser cruel.
Aceita todas as  tuas desaventuras.
Seu vazio, sua glória não alcançada, a aceitação de uma fragilidade e imaginário de um outro , o que impede a real experiência  da vida.
Faz-me engolir a seco as palavras minhas que não foram ditas.
Sabe,  aquele silêncio....
Lembra, aquele silêncio?
Se fez sábio quando entendeu de que a minha palavra  era o melhor , o meu auge, algo que me poderia ser útil mais tarde.... 
É um saber a salvo,  desse gigante/dor  que chega agora...
Capinando tudo, arrancando as raízes e lançando-me ao alto  .
Deixando-me cair as pedras em tombos de grandes alturas.
Permaneço-me firme com minhas palavras guardadas aqui dentro de mim.
Sim, porque elas continuam guardadas...

Mas esse gigante...
Está imenso a minha frente.
Faz um barulho estrondoso.
Traz  consigo uma dor pontiaguda  tornando-me solitária.
Não sei por quanto tempo ele  irá permanecer.
Arremeçando-me  de um lado a outro como se pudesse me fazer dizer...
Tirar  a minha força....
E confesso...
Os meus membros, minha pele, o meu peito, as minhas idéias andam um tanto exaustas.
Meus ossos, o gigante quebra...
A minha carne, ele rasga.
E meu estômago anda dolorido pelos teus golpes.
Mas aquelas palavras não ditas, sabe?
Elas permanecem intactas.
É a força das mesmas , que me fazem prontificar agora para esse gigante que chega.
Abro meus braços ao mesmo e digo-o:  
_ Faça o que tem  que fazer!
É a força daquelas minhas palavras não ditas,  que  irão me recuperar dessa  afronta toda.


E é a força das mesmas  que me dá a certeza do que eu causo agora....
Sabe o que sentes nesse exato momento que lê essas linhas?
Mesmo que eu não veja ou ouça a ti..
É a força daquelas minhas palavras que eu não disse, que me dão a certeza do que sentes agora...
Veja só que ouro...
Essa sensação cravada aí...
Escancara minha legitimidade.
E consequentemente  legitima o nosso.
De que, o que  vem ao caso é a experiência real e alegre.
Coisas que gigante algum pode arrancar.


Minhas palavras não ditas cuidam do que não se pode arrancar.
Disso aí... que lhe causo agora.
E a mim também...
Aqueles segundos daquela ligação em que nada fora dito,  transformam aquela  dureza do momento  nisso aí que sentes.
Essas são experiências que uma leide ainda pode causar... sem abrir mão de nada...

Míriam Machado
17 de Junho de 2011





quarta-feira, 1 de junho de 2011