quarta-feira, 4 de julho de 2012

Se eu acreditasse que quando morréssemos , voltaríamos em outra vida...
E se pudéssemos escolher de que maneira viríamos, de outra qualidade, natureza, dimensão, coisa, cor ou idéia...
Eu adoraria vir..... música!

Míriam Machado
04 de Julho de 2013

terça-feira, 22 de maio de 2012


Eu   mal consigo pensar. As minhas ideias estão todas ofuscadas com esses espaços vazios, com esses brancos todos.

Rabiscarei  tudo isso  com os meus esmaltes pretos. Rabiscarei  com os meus códigos  em  vinho. E preencherei  minha mente com uma letra de música verdadeiramente escrachada. É isso. Eu vou rasgar o que sobra da agenda. Não quero buracos. Quero inscritas  espalhadas e  que me representem.

Criarei uma melodia com o som destes  papeis sendo despedaçados .Que meus atos façam barulhos.  Desde então, ouvirei tal obra  no talo e dançarei  sem ritmo, ignorando a qualquer crítica destituída de saber.

Quero ocupar  minha presença com expressão.  Quero cansar minhas ideias  de ininterrupto trabalho. Quero cansar o meu corpo de prazer. Quero cantar  ao ponto de enrouquecer  a minha  voz. Quero ser tomada de ideias díspares de um  outro alguém. Quero cansar a minha mente com uma imensa apropriação de saber. Quero que os meus materiais acabem amarrotados / anotados. Quero adentrar madrugadas..  E no final, eu quero desmaiar  por esgotamento.

Quando a manhã chegar,  dar origem  a uma diligência em um campo bem iluminado e aquecido de  sol. E  sem margem de dúvida... Quando eu olhar para o  lado,  desejo compartilhar tal episódio com ninguém menos inspirado que eu.



Míriam Machado

21 de Maio _ 2012

OBS: Se não me engano é a única vez quer não posto um texto na íntegra. Mas a idéia não foge. Não foge.

domingo, 25 de março de 2012

Existe um bolo subindo às minhas cordas.
São como sombras não portadas de contextos claros.
Interrogam sobre qual som irão soar.
Sem retorno, esfumam-se em movimento.
Uma voracidade circula sobre toda essa massa..
Não se dizem... Não se formam...
Permanecem em estado incógnito.
Não demandam, não afirmam ou negam. Não satirizam, não clamam e nem sossegam.
Mas amontoam-se anunciando uma inscrita.
Esta, circula sem pontos de falta como uma pulsação sem rumo.



Míriam Machado
21 de Março de 2012