sábado, 25 de dezembro de 2010

Nas areias de Copacabana...

Ah, meu Deus!!!!!
Eu só queria estar nas areias de Copacabana agora para poder cantar com todas minhas forças!!!!!!!!!!! ..:

"...fecho os olhos para não ver passar o tempo.... Sinto falta de você....
...Eu conto os dias, eu conto as horas pra te ver....
Sem os seus braços esse amor é uma canção.... "

Valeu Robertão, eu não quero viver "amores para  canções"....
Quero amor para amar... Bem real, sem recuar nas horas difíceis....
Vamos viver...
Vamos viver...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Esse é o meu desejo para 2011... Se desejo pra mim... Penso que possa desejar para todos...
Que toda experiência seja assim... Intensa, entregue, corajosa, crente, doce e disposta...
Como eu já dissera...
Qualquer minúcia que eu venha viver, eu só posso fazê-lo por paixão.




Paixão Passione

Thaís Gulin  _Composição: Ivan Lins

Paixão...Estopim aceso
Ai meu Deus, que medo dele se apagar!
Paixão
Minha adrenalina arde na retina quase a me cegar.
Paixão
Faca de dois gumes preso por ciúmes, livre pra voar.
Paixão
Vale até mentira mas ninguém me tira meu enfeitiçar
Paixão
Indomável coração, razão porque canto esta canção
Paixão
Ela é nossa saga, leva e nos afoga, salva e nos afaga.
Nunca vai mudar.
Passione
Nuostro vuolo checo
È iluminnato
Siemi solo a te
Paixão
À primeira vista, sentimento arrisca, morre pra viver.
Paixão
É minha tortura. É loucura e cura. Minha guerra e paz.
Paixão
Meu certo e errado seguem bem casados, parecem iguais.
Paixão
Indomável coração, razão porque canto esta canção.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vai ver que o sol tem asas.

 
Durante a chuva o tempo demora a passar.
Eu olho o tempo e ele é  o mesmo durante toda a manhã _ cinza.
É o mesmo na hora que eu acordo, é o mesmo na hora do almoço. Durante a tarde, o tempo_cor do dia é o mesmo depois do almoço, o mesmo na hora do café, e o mesmo quando acaba o dia. 
E a noite, o tempo é cinza_molhado.
Só muda quando chove forte ou chove fino. Aí o cinza pode ser escuro ou claro.
Mas é cinza.
No relógio, os ponteiros são lentos... Mas isso não faz diferença, porque não há mudança de cores, tudo congelado...
Enquanto que nos dias quentes e de  sol, o tempo passa rápido. E não aproveitar todas as possibilidades que ele proporciona,  deixa uma sensação de perda.
A manhã é clara, um branco_amarelo. Quando vemos já é hora do almoço, amarelo_ouro. A tarde  amarelo_avermelhado  e  quando vemos, já são seis horas, o sol está indo embora, vermelho. 
Quando a  noite chega_ negro.
Teria o sol asas a bater e correr tão rápido no tempo?
Mas do céu.....
Do céu cai  a chuva....Por que esta, asas não teria?
Se a chuva tivesse asas não caía....
Não caía.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Domingocomigo"  e todas suas possíveis  sonoridades.

 Míriam Machado
12 de Dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Une chance.

J'ai fait un rêve révéler aujourd'hui. La journée était belle ..
J'ai donc décidé de sortir avec mes chiens ... Comme je me promenais, j'ai écouté de la musique que j'ai découvert cette semaine. Et en même temps ... J'ai réfléchi et essayé de comprendre ...
Comment est-il possible que ces expériences ne peuvent pas se passer maintenant?
Et à ma grande surprise, une coccinelle a atterri sur mon bras. J'ai paniqué au premier abord ... Parce qu'il n'y avait pas rendu compte que la chance était à venir.
Alors j'ai pensé .... Est chance dans amour ou le jeu? Je n'ai jamais aimé les jeux. Mais j'ai toujours été une personne intense ...
Et alors ... J'aime et me souviens encore de cette simplicité à travers.


Míriam Machado

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Camaleoa

Camaleoa_

Adaptar-se frente as variáveis.
Eu já nem sei quantas vezes isso me aconteceu...

Estou mudando de cor agora...
E eu não imagino que tonalidade irá me contornar, mas eu sei que ela será viva!



Míriam Machado

19-02-2009

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Com saudade da chuva.
Com saudade de quando forte, correr dela.
De andar nela.
De fechar as janelas por causa dela.
De trocar os sapatos molhados por ela.
De tantas vezes meu astral "mofar" de tanta presença dela.
De dormir com ela.
De correr para o varal na hora dela.
De desligar os computadores durante ela.
De tirar os cactus enquando ela.
De escutar toda ela.
De ouvir os trovões que vem com ela.
De poder respirar pelo resultado dela.
De assistir os relâmpagos com ela.
De quando a luz vai embora por culpa dela.
De acordar com ela.
Do vento  mais forte junto dela.
De perder guarda-chuvas de tanto usados por ela.
De tomar banhos de poças cheias dela.
De anelar-me nela.
Dos granizos dela.
De namorar enquanto ela.
De quando fina, do melado dela.
Dos chás quentes depois do banho nela.
E de tanto ela, sentir novamente saudade do sol.

Míriam Machado

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sorrisos, suspiros e simpatias.

Esse tudo tem me deixado inquieta.
Disfarço educadamente.
Falo belas palavras. Sorrio. Sou otimista!
Facilito idéias, conto histórias.
Respeito os quadrados.
Suporto o tempo.
E aguardo o devido momento.
Eu juro.
Juro que eu tento ser discreta.
Não sei se eu consigo.
_sorrisos_
Na verdade eu não sei de muitas coisas.
Eu só sei de mim.
E isso que eu sei não é pouco.
Sei que preciso dar vazão a esse meu querer todo...
Todo.
Não sei onde e nem como.
E então enquanto isso, eu vou facilitando as coisas como quem permite ser encontrada..
Deixando pedrinhas no caminho marcando o meu percurso..
E mantenho-me ponderada.
Equilibrada na corda.
Respiro.
Suspiro.
Penso e não digo.
E quando digo , não digo o que penso.
Mas facilito.
Ah, como eu facilito!
É necessário dar vazão a esse meu querer todo.
Agora, nem minhas letras são tão metafóricas..
Posso me lembrar de que todo crime deixa assim, o seu vestígio.
E se for essa a única saída?
Como que em uma brincadeira, aguardo a hora do jogo.  A vez de um.. A vez do outro.
Aguardo esportivamente.
Sabe aquelas pessoas simpáticas?
Nossa,como sou simpática!
Estou rindo de mim...
É assim  que eu consigo continuar...
Rindo de mim, sorrindo de tudo e facilitando as coisas.



 Míriam Machado
06 de Setembro de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não é a grade.

     Em uma dessas minhas saídas diárias para fotografar... Passei frente a uma casa.... Imagem que segue... Olhei para essa pessoa... E era nítida uma limitação que não vem ao caso descrever. A questão é. Estava sozinha e dessa maneira aí visível. E eu fiquei pensando... Não é a grade que a impede de sair. Pode até ser que a pessoa não tenha a chave, mas pela mesma limitação visível, ficava nítida que a impossibilidade de sair e viver não se restringia ao portão como era nítida também, que ela tinha a necessidade de viver mais... Viver mais pelo fato de estar ali, sozinha, no ponto mais próximo do mundo, da vida, o portão de sua casa.
Lembrei-me de muita gente... Muita gente  distante mas também de gente próxima... Lembrei-me de mim em determinados momentos... Pensei nessas limitações concretas e que muitas vezes usamos como o impedimento.
O impedimento!  : repito.
E fiquei observando que há pessoas que "manuseiam seus braços" como um pedido de socorro. Um manifesto. Podem não conseguir sozinhas, mas manifestam seus desejos. Saiem dos argumentos que os fixam nos lugares cômodos de suas vidas.
Mas há aquelas que não. Justificam-se em limitações cruéis mundanas como a falta de dinheiro ou nas limitações humanas_ tempo.
As limitações cronológicas já estão deixando de ser... Menos mal... Porque hoje, a argumentação dos ponteiros já se tornaram tão primárias e óbvias do que denunciam,  que as próprias pessoas que os dizem, já se condenam no mesmo momento dos seus relatos.
A limitação da cifra ainda camufla a limitação dos sujeitos. O faz tão bem que pessoas tomam tal moeda como parte de si_ um membro: "_Não posso, não tenho dinheiro."como se dissessem: "Não posso, não tenho olhos!", "Não posso, não tenho pernas!", "Não posso, não tenho mãos!", "Não posso, não tenho voz!".
Cada um com sua história, quem sabe se haverá um dia em que  constatarão, que toda experiência externa justifica ele_sujeito, mas que o sujeito se dirá através das experiências externas?
Quem sabe se defronte a tal "visão" tornará-se possível então o movimento...?
É claro que estou me referindo aos neuróticos, pessoas tidas como "normais". Porque os sujeitos perversos, é claro, estes não podem ser ajudados por ninguém melhor do que eles mesmos. São vitimados e infelizes,  culpa das  pessoas próximas, do mundo e, visto que eles não têm falta, são seres dotados de razão.
Mas para aqueles que admitem suas faltas, estes podem perdir ajuda... Que pode ser no mínimo algo assim... Apenas os braços para fora.. Pode ser assim, como aqueles bonecos de postos de gasolinas que ficam balançando os braços, porque o negócio é dizer de alguma maneira! Pode ser assim, aproximar-se de alguém que você acredite e que tenha idéias bacanas... Pode ser procurar alguém neutro, sem afetos agarrados por ti,  desnudos de opiniões de senso comum para lhe acrescentar, fazer escutar  e que serão uma referência concreta de que não é a grade....
De que não é a grade!
Em função desses portões que as pessoas se fixam vê-se a  comodidade_ porque se não fosse cômodo, seriam capazes de qualquer coisa para sair, para continuar uma propriedade possível.
Lembrei-me latentemente de pessoas fantásticas que ainda não se despertaram ao fato  de que a vida pode ser mais do que elas conseguem.. Com-seguem. E desejei por elas que elas desejassem mais.
Lembrei-me também fixamente de outras pessoas fantásticas que se despertaram... E estas, já sabem que estou feliz por elas, porque eu sempre as conto. E quanto as mesmas, eu já nem preciso desejar, porque elas já fazem por si próprias...
Talvez a imagem e nem tanto as minhas palavras possa propôr alguma questão_ pergunta.
O que revelam os argumentos que você usa para viver ou não, uma certa experiência...
Revelam a grade?
Ou será que revelam uma limitação_acomodação? A-como-d-ação_comem seus atos_devoradores de suas próprias vidas? Afinal, quem nunca escutou: "Eu não faço mal a ninguém, eu só faço mal a mim mesmo!"



Míriam Machado
26 de Agosto de 2010

Aconchego.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

  Nas balinhas do Santuário da Serra do Caraça... Mensagens individuais. Sem mais.

Clique na imagem para lêr ou ver as fotografias posteriores.
22 de Agosto de 2010

De novo.

Sabe aquele suspiro?

Aquele...
...que a gente puxa o ar todo de fora...
Leva lá pra dentro.....
E solta o ar todo de novo...
E de repente, já nem se quisermos, podemos ser os mesmos?
Eu suspirei vários desse hoje.
E eu suspirei assim..
E pensei assim...
E mudei assim...
E senti assim...
E agi assim...
Mas aí...
Suspirei assim de novo.

Moliver.
23 de Agosto de 2010

Pela estrada afora....

         

Os "achados da estrada" aí...

Porque a viagem começa quando saímos e acaba quando chegamos... E não acontece apenas quando chegamos e acaba quando partimos.. O percurso.. O percurso...
BH - Serra do Caraça
Serra do Caraça - BH
Míriam Machado

Serra do Caraça _

Essas paisagens.... Essa neblinas ( eram 06:30hs de domingo)... Quem adivinha,  o que são os "pontos" pretos?

Fotografia  _ Serra do Caraça em 22 e 23 de Agosto de 2010.

Míriam Machado

A imagem fala.

Essa paisagem interiorana... Gente, pode me convidar que eu estou indo para todos os cantos agora! Amigos que moram ou que possuem parentes nessas estradas, me chama! - sorrisos - As imagens das postagens seguintes mostram um tanto da Serra do Caraça... Espero que inspirem a vocês a conhecer...
Beijocas!
Míriam
A fotografia acima dá início a uma nova série... "Sequências"... A gente tem que usar algo assim na vida....

Olha.. A  imagem diz por si...

Fotografia tirada na  Serra do Caraça em 22 e 23 de Agosto de 2010.

Míriam Machado

Era uma vez...


Uma folha vermelha em águas transparentes.....
...
...
...
...
...
...
Será essa uma história de amor solitária?


Fotografia tirada no "Tanque Grande" da Serra do Caraça em 23 de Agosto de 2010.

 Míriam Machado

Era uma vez....

Duas folhas brancas em águas transparentes...
...
...
...
...
...
 Será essa uma história de amizade?


Fotografia tirada no "Tanque Grande" da Serra do Caraça  em 23 de Agosto de 2010.

Final de semana na Serra do Caraça.




No primeiro dia na Serra lembrei-me latentemente das coisas que estavam pela metade em minha vida e que quando eu saí de BH ficaram pra trás. Porque assim que cheguei nesse lugar já fui adquirindo experiências inteiras.
E agora, domingo, volto pra casa renovada e feliz. Ciente de quais pedaços deixam de ser e de quais serão renovados. Ausentar-nos das coisas tem esse efeito... Separar para juntar ou não mais. Parar para recomeçar ou mudar. Perder para ganhar ou conquistar novamente. E agora estou assim...Inteira, inteira...


Miriam Machado



(Logo as 370 fotografias que me encheram e alegram por dentro, serão compartilhadas das maneiras possíveis.)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Além do óbvio.




É... Está virando uma marca... Já estou me reconhecendo nessas experiências de ver as coisas para além de um lugar... Para além de  um ângulo.. Para além  de uma esfera...
Me reconheço muito assim...

Mas a propósito... O que aparece no chão.... É a folhagem da árvore em sombra ou são as raízes da mesma?  - sorrisos -

Praça Juscelino Kubistchek - Mangabeiras - 19-08-2010 -
Dia da Fotografia - 12:00hs.


Míriam Machado

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Terça-feira.


A primeira imagem chama-se "16:00hs".  A segunda... " Nós todos as 16:00hs"... A turma estava animada nesse encontro todo.

Míriam Machado
17/08/10

OBS: CLIQUE NAS IMAGENS PARA VÊ-LAS AMPLIADAS...

Hoje eu perdi a conta.

Então... Eu posso pensar em tantas coisas para escrever com essa imagem...
....
Nesse meu momento...
Porque é um momento, creio realmente.
Essa minha busca da imagem...
Esse tempo de compartilhar toda ela... Tem tido um efeito fantástico que se eu conseguisse contar às pessoas... Como que distribuindo aos outros, conhecidos ou não, a receita. Contando que é possível continuar enquanto as "coisas" não acontecem.
No final do dia... Quando vou me deitar, eu posso somar quantas satisfações eu tive...
Quem nos seus momentos mais gloriosos de sua vida, lembra-se ao deitar, de quantas construções em seu dia causaram-lhe essa satisfação de bem estar no qual me refiro... ?
E quem conseguira ao se deitar, lembrar de toda construção que fez para si mesmo e que anulou toda falta no seu presente, e que poderia trazer junto de si, a angústia, a desesperança, o sentimento de impotência?
Essa minha possibilidade, que eu andei desbravando... Não me deixa caída sobre essas experiências.
E tal ocupação é tão simples... Tão simples que é por isso que eu digo que quase descobri o segredo....
É simples demais frente ao ideal gigantesco das pessoas... E eu estou aqui, me perguntando se não estou pretensiosa demais por dizer que essa experiência  que se constrata com crenças  gigantes, pode se dizer assim, o segredo da experiência de fazer-se vivo.
Aos sujeitos com  seus sonhos quase inatingíveis, estes que nem podem ser para o agora... Ou não o são para que sejam inatingíveis mesmo... E ninguém tenha que se haver com esse segundo presente.
A imagem é em preto e branco...
Talvez alguém possa dizer que sua vida também esteja assim. Mas essa mesma imagem  é definitivamente um charme é bela. E certamente é até ressaltada por alguns por terem exatamente essas duas cores. Então é uma experiência que parte do particular. 
Talvez torna possível pensar que a vida por mais frágil que esteja, também pode ser observada ou dita pelo seu belo e charme. E por não ter "cores demais" talvez não confunda, não pese, não sufoque.O que as vezes, ter o "demais" cause tais experiências também.
O casal da imagem não sou eu, com alguém que eu goste... Mas nem por isso me impede de apreciá-los e lembrar-me de quantas vezes eu pude e ainda posso. E lembrar de que tal possibilidade está aí, bem próxima!
A cidade está lá embaixo também...
E eu não estou como todas as pessoas, efetivando um trabalho em função do próprio desejo e nem tampouco efetivando um trabalho para proporcionar um outro trabalho em função de um  desejo...
 Mas a respeito disso, eu estou aqui, efetivando a partilha com os mesmos..
Com os mesmos lá debaixo...
Que as vezes, mesmo nesse ato de trabalho-desejo, desejo-trabalho não foram despertados pela experiência desgarrada  e emocionada...
Que é como me percebo agora.
E tem sido assim...
Nessa simplicidade toda.
Me parece mesmo que eu encontrei um segredo, nos quais as pessoas procuram lá embaixo... Procuram uns nos outros.. Procuram em religiões, em livros, em peças de roupas ou de carros... Em construções próprias ou  em drogas, sejam elas quais forem...
Eu não procurei fora. Eu desenvolvi dentro.
Eu tenho dormido todas as minhas noites desde então...
E voltei a sonhar..
Antes de me deitar é claro, eu conto.
Conto quantas produções eu fiz, sejam elas quais forem..
Conto para os meus próximos, aqueles que conseguem ouvir... Fico torcendo que eles possam aceitar um tanto disso... E parem de insistir em colocar qualquer outro, ou qualquer coisa no lugar da experiencia de fazer-se vivo.
Conto porque não é segredo.
E conto porque não é um conto.
É a minha vida.
As coisas... Essas "coisas" da vida não são a vida.
A vida sái de dentro.
É a gente que dá vida as coisas.
As coisas, todas elas são inanimadas.
Mas nós somos seres vivos.
Certamente é possível pensar se as pessoas ocupadas de tristeza, ocupadas da dor estão dispostas a dar alguma coisa.
Porque a vida é a gente que dá.
As vezes, as pessoas não querem dar...
E é uma escolha também.
Eu.. Posso dizer que mesmo agora quando as "coisas" tornam a minha vida um tanto mais delicada...
Nossa gente..
Eu vou pra rua e compartilho com gente, com bicho, com o frio, com o cansaço físico, com a folha... 
Até com a folha seca no chão. 
E me percebo viva.
Tudo que eu faço só me favorece...
De tão simples, me mantém de pé e bem.
Eu não deixei a desejar nada quando voltei para casa.
Não cheguei com a sensação de vazio.
Me percebi  rica..
E feliz.
Hoje eu perdi a conta de quantas imagens foram...
Coloquei aqui as que consegui.
Mas o segredo que não é segredo porque eu conto, continua me fazendo  intensa...
Eu realmente tinha que compartilhar agora...
E essa partilha/escrita também vai para soma...
A soma da conta...

Míriam Machado.
Fotografia tirada hoje, 17 de agosto/10  por volta das 16:00hs na Praça do Papa.


Terça-feira...

Belo Horizonte - Vista da Praça do Papa

Quantas estão rendendo nessa terça-feira?

Mais seis....

É uma terça-feira...

É... É uma terça-feira.

Je suis libre de dire!

J'ai besoin d'aide. Je suis libre de dire! J'ai besoin d'aide!
J'ai besoin des idées, des exemples de gens qui désirent toujours.
Je sais qu'il ya des gens doués de la couleur à partager.
Qui est autorisé à le faire maintenant avec moi?

Moliver
17/08/10

* A tradução será indicada na coluna lateral após uma semana a partir da data da escrita.

sábado, 14 de agosto de 2010

Hoje eu não sei...

Se dou uma fotografada..
Se uma bloggada...
Ou uma crochetada!
...
...
Fiz tudo.

Miriam Machado

14-08-2010

Cortes do real. Parte 1

(Infeliz)_ Mas me conta... E tal "aspecto" de sua vida?
(Centrado)_ Por que você quer saber?
(Infeliz)_ Estou perguntando só pra saber...
(Centrado) _ Só pra saber? "Só pra saber" é fofoca. Com o fim em si mesmo, sem partilha de sua parte, apenas uso de minha história como objeto de seu gozo para fazer-se diferente daquilo que provavelmente você não compreende e certamente, fato que não lhe cabe a participação, visto que precisas perguntar. Do contrário, se minha história fosse nossa história, ou fizesse sentido que tomaste conhecimento da mesma, tu não precisarias perguntar, visto que  farias parte de alguma maneira.
Perguntas pessoais fora de contexto são traduzidas: "Vamos fazer fofoca a respeito de  sua vida?"
_ Façamos o inverso. Que tal fofocarmos a respeito de sua vida só pra eu saber? Que tal falarmos desse "aspecto" ou desse "aspecto"?
_sorrisos-

Míriam Machado
14-08-10

Seis assim... Realizações.


O que eu posso dizer sem deixar de dizer alguma coisa...
Eu fui ali ( porque todo "ali" de mineiro é lá, mas o meu é ali mesmo ... E eu sou mineira também... ) levar minha amiga ( esfomeada) e amiga da Sol ( Doberman)  até a esquina...
E quando eu voltei pra casa...
Fui descendo a Salinas ladeira rasa...
E voltei assim...
Fotografando assim...
Olhando assim..
Criando assim..
Agora compartilhando assim.
E continuo vivendo assim.

1  _ Rua Salinas _ Quarteirão do Colégio Tiradentes
2  _ Que carro é esse?
3  _ Muro lindo -- Rua Salinas
4 _   Feira de alimentação, manhã de sábado.
5 _ Luz na parte da manhã _ Porque a Cemig deve ter motivos que eu desconheça para se fazer necessária.
6 _ Meu amigo vai se casar!!!!!!!!!!!!! Ah, êêê!!!
(Todas as imagens foram tiradas em Santa Tereza)
Obs: Ainda irei adicionar a foto da Sol e da Mila/doberman aqui)



Míriam Machado
14_08_10

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aujourd´hui

Même encore… Avec couleur, avec désir, avec foyer, lumière. En créant.

(Hoje renderam quatro...!______>>>>>>!!!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O meu dia amanheceu hoje.
Eu gostaria que amanhacesse todos os dias.
Ou eu gostaria de dar-me conta...
Dar-me a conta de que ele amanhece todos os dias.
Mas eu consegui hoje,  perceber de que ele amanheceu.
E lá vou eu com ele.
E lá.
Vou eu.
Com ele.


Míriam Machado
06-08-2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tudo que eu gostaria que fosse agora.
Abrir a porteira.

Um tanto de mato..
Um monte de terra..
Boiar no lago...
Folhas no chão.
Barulhos de pisadas nas folhas.

Um céu noturno pintado..
Enxergar com a lua.
Ou com a  lamparina.
Ou com a fogueira.
E ser hipnotizado por ela...
E escutar os estalos dela.
Ouvir a cigarra.
Assistir o vaga-lume.
Cantar com a viola...
E refletir nas  histórias.

Acordar com canto  do galo.
Queijo. Qualhar, estocar, secar, salgar.
Manteiga. Qualhar, Chacalhar.
Tomar café na caneta esmaltada.
Almoçar no prato esmaltado..
A nata do leite é mais doce...
Rapadura...
Doce de leite...
E bolos...
E tortas..
E paredes negras de fogão a lenha.

Caminhar na terra.
Abater os coquinhos das árvores..
E comê-los todos.
Calor demais.
Tocar o mosquito.
Usar chapeu de palha.
Coçar da mordida do carrapato.
Descansar na sombra.

Chuva.
Cheiro de terra molhada.
Pisar na lama.
Brincar na água.

Frio demais.
Vento demais.
Sopa quente...
Mingau de milho verde.
Caminhar na terra...
Ouvir o silêncio...
Ter medo de um bicho.
Ter medo de outro bicho..
E correr do terceiro bicho..

Fechar a porteira.
Fechar a porteira...
É algo que eu gostaria de não tê-lo feito.

Míriam Machado
04-08-2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mais do que acordar com núvens a minha porta. ( Parte 02)

Será que posso pensar que é, porque nada acontece por acaso?
Bem... Vamos lá!
Não chamaria de esquecimento... Penso poder dizer que esse doce aniversário chegado a minha memória não agora, digo não agora... Porque este, tão doce, tão ímpar, já era sim lembrado por mim, momentos em que assuntos relativos a tais movimentos, eram tocados...
Então agora posso dizer, me fora tocada a lembrança bem neste, neste... 15! (sorrisos)
Refiro-me a um aniversário anterior aos meus quatro... Não sei se fora com 02 ou com 03... Tudo que sei é que... Eu já andava!
Como posso me lembrar de um aniversário de quando eu era ainda tão novinha?
Ora, ora... Isso sim, eu posso afirmar! Não é por acaso!
Enfim... Como fora...
Lembro-me bem... Se tratou de uma comemoração lá na terra dos sonhos citada na escrita 01.
Estávamos todos em minha casa... Lembro-me que estava toda cheia... Muitos na sala separada da cozinha por um  longo corredor...
Eu... Me encontrava na sala, onde tinha uma televisão e um som, ambos ligados...
Por ali, confuso... Talvez pensemos... Mas os dois ligados ao mesmo tempo?
Podemos considerar que na década de 70 não haviam tantas televisões assim... Então a sensação, deve ser algo parecido a esse "momento plasma".. Talvez isso justifique essa informação toda...
Mas a melhor sensação nem era essa tal...
E nem era o fato de ser meu aniversário, veja bem...
Era o fato que, de alguma maneira, meus pezinhos estavam se movimentando em um rítmo.... Talvez para não dizer provavelmente, ou ainda certamente, o fato daquele movimento estar acontecendo não seria visualmente algo tão identificado... Se não fosse uma constatação revelada:
_A Míriam está dançando!
Em seguida, um movimento de pessoas se dirigindo àquela sala como se algo muito curioso estivesse havendo por ali... Uma segunda frase:
_Mexa os braços, Miriam, mexa os braços!
(sorrisos - Ok, quem estiver lendo este,  pode rir também.)
Os braços se mexeram... Junto as pernas... Pés.. O corpinho todo...
O que eu posso ter aprendido com essa experiência de aniversário? (sorrisos)
Não.
Não aprendi a dançar com menos de 04 anos!
Eu sei que sou boa nisso, mas não foi aí! (muitos risos)
Brincadeirinha... Afinal, eu sou modesta! (rs)
Mas o que eu aprendi nessa experiência de infãncia é que...
Aniversários são presságios...
"Pressa"... "Ágios"...
Posso registrar também  que o olhar de alguém que se interessa por você, pode enaltecer a sua experiência, o seu talento... E poder contar com isso é um prenúncio de sua bela história...
Logo... Nada como relacionar-se com pessoas que realmente olham para o que somos e nada como poder oferecer esse olhar a alguém.
"Pirralha",  esse presente fora tu, quem me destes!
Olha só o meu sucesso hoje! (sorrisos)
Brincadeirinha número 02, eu sei!
Mas e  agora?
Bem agora que o meu mais recente acontecera...
Logo, logo ao sair de casa...
Vi uma amiga passando pelo outro lado da rua... Seu rítmo indicava que a mesma estava em uma caminhada...
Esta, é  uma amiga de infância.... Perdemos o contato durante os anos... Houveram casamentos, universidades, filhos, mudanças de endereços, tudo que uma vida também separa... Neste intervalo de tempo, a vi por momentos rápidos, destacamos a importância de encontros que unisse a todos colegas da época.... Mas ainda foram marcações que a vida também separa...
Mas nesse momento, enquanto eu saía da garagem, ela, olhava curiosamente para dentro do carro... Tentando enxergar... Encontrar ali dentro alguém...
E quando achou.. Um movimento contínuo de um exercício fora finalizado para uma exaltação...
E levantava os braços como que uma comemoração, sorria com uma alegria nítida e dizia em tom bem audível , como mesmo de alguém que estava valorizando ou... Parabenizando.. Festejando!
_ Paaaaraaaaaaaaaaaabéééénnnnsssssssss! Parabééééeéénnnsss!...........
Um tanto sautitante frente ao carro e com sorrisos que me encheram por dentro...
E meus olhos lacrimejavam uma alegria íntima...
Uma alegria de uma memória boa...
E doce...
E carinhosa...
Uma memória feliz!
Ah, esses presentes....
São estes os presentes...
São estes.
Estes são aqueles passados que são os presentes e serão sempre futuros, sabe?...
Eu posso assim afirmar e talvez eu consiga me fazer entender , quando uso a palavra presente tão usada para o aniversário para o substantivo de presente de presentear.
Fernanda me deu o presente!
Me lembrou ali, aquele todo meu bom tempo..
Me mostrou ali, de que as experiências felizes ficam dentro da gente...
E podem ser lembradas e revividas...
E festejadas com movimentos alegres mesmo que o outro não esteja aqui, frente a frente para poder receber...
Com um gesto tão simples, mas tão sincero e tão vivo!
Então eu vou contar sobre um desejo meu...
Encomendado para o dia 07 de setembro...
Sim, no dia 07 de setembro, Fernanda...  Se eu não estiver frente a sua garagem, quando você estiver saindo com o seu carro, você se lembre...
Ainda assim, você se lembre de que eu poderia estar com a mesma intensidade e sinceridade gritando um "Parabéns pra você!"
Com toda aquela festa... Produzindo todo aquele bom, que como toda a minha querida lembrança, também não vai passar!
Vou considerar, este, o meu mais recente presságio dos vários, vários que virão..
Porque eu quero pedir a Deus que eu viva muito!
Mas eu quero pedir também, que Ele não me deixe esquecer de que, mesmo que o tempo lógico de cada sujeito não tenha a dimensão do tempo cronológico, Ele não me deixe esquecer de que uma vida também acontece em um segundo.
Aqui estão descritos dois segundos.
Eles me enchem o peito de sentimentos...
E justificam o meu desejo...
E justificam a minha vida.

Míriam Machado
03-08-2010

sábado, 31 de julho de 2010

Mais do que acordar com nuvens a minha porta.

Eu realmente gostaria de lembrar-me em qual cultura é possível tamanho saber.. Mas eu não me lembro...
Mas graças!
Graças eu consigo lembrar-me da peróla. É sabido que nessa estrutura de pensamento há uma pergunta a ser feita diante da notícia corrida... Corrida e ruim. De que quando alguém “partira”, uma única questão é feita ao informante: _ “Ele” conseguiu viver todos os seus desejos em vida? Conseguiu viver intensamente? Lutou dia a dia para que conseguisse fazer valer a experiência no qual permitiria ao mesmo, a exata dimensão do que é estar vivo?
Essa é uma pergunta que eu me lembro sempre...
Sempre no meu percurso...
O que vem ao caso não é o ideal... –sorrisos_
O que vem ao caso é o caso. A experiência real. O diário. A permanência. Todos os dias.
Mesmo frente aos trancos... O que vem ao caso, é permanecer-se em ato.
Não é para amanhã.
Não vem ao caso o ontem.
É agora. Sabe agora? Como agora que você está aqui...
Sim... Eu me refiro a essa experiência/consciência de onde é que está, aquela verdade no qual a gente se identifica. Como aquele “lugar” que a gente precisa ir... A gente precisa ir para buscar mais evidências, mais força, mais prazer, mais vida.
Eu percebo a importância das marcações. Viradas de ano, datas festivas, festas comemorativas... Tudo marcando, evidenciando, indicando, sinalizando, cortando, finalizando, abrindo, iluminando...
Há momentos em que tais referências não conseguem nos oferecer uma nova visão. Pode-se estar fechado ou cansado demais para perceber...
Mas ainda assim, a marcação faz seus cortes.
E a lembrança disso...
Me fez permitir-me essa agora.... E aproveitar tudo que possa me oferecer.
Aniversários.
Cada um, cada um tem a sua maneira de lidar com esses... Alguns intensos demais, outros anônimos demais... Mas veja bem... Nunca é de menos... !
Não deve ser à tôa que não me lembro de todas essas viradas...
Mas me lembro imensamente de algumas... Algumas poucas... Muito poucas!
Talvez fora no aniversário que eu fizera 05 anos....
Meu pai fizera tanta questão, mostrava-me ele com todo o seu trabalho. Subia e descia morro abaixo transportando pessoas, pessoas naquela cidade pequena, onde o mesmo depositava o seu desejo, a crença e experiência de fazer-se vivo.
Então eu posso crer de que alguma maneira, essa primeira marcação lembrada por mim só pode ser algo caro. Muito caro! Movia minha origem, movia pessoas que não me conheciam, movia uma experiência das poucas que tenho no que se trata dessa data festiva.
E quando eu fizera seis anos...
Foram dez bolos... Dez bolos.. Não foram nove.. Não foram onze... Poderia ter sido um? Sim, mas foram dez bolos! Minha mãe trabalhou nesse dia... ( sorrisos) E eu... Comi muitas raspas de bolo nesse dia....Meu pai convidara um cantor (sorrisos – não vem ao caso agora dizer quem, mas tinha exatamente tudo a ver com aquele lugar de sonhos, onde eu passara muitas férias de minha vida) que fizera uma música pra mim : “ A menina fez seis anos...”- sorrisos – Se eu sorrio, todo mundo pode! Mas se eu não posso, todo mundo pode me mostrar alguma maneira de fazer isso... – mais sorrisos -
E interessante, porque esse meu aniversário era comemorado por todos.. Não era algo apenas de minha experiência. Era algo que movia os investimentos, as posturas de cada um.
Então talvez eu possa concluir, de que uma data, seja ela qual for, lembra às pessoas as experiências da vida... Ela pode sim evidenciar a importância, os valores e os desejos dos nossos próximos, junto aos nossos...
Me lembro também de um aniversário em que comemorei com todas as minhas amigas. Todas, todas mesmo! Eram umas 14, 15 meninas, todas com a mesma faixa de idade... Ouvíamos Legião Urbana, Capital, Titãs, Paralamas.... Tomávamos fanta e comíamos bolo... E o meu primeiro amor platônico chegou. – sorrisos – Ele foi um bendito...
Tamanha a minha inocência de todo esse tempo, me traz sorrisos hoje... Talvez por isso, eu sempre diga as minhas amigas: “Parem de falar mal deles!”... Agora constato porquê! Eles são uns benditos! – sorrisos -
E a partir dessa terceira experiência, eu ainda possa constatar de que a comemoração sempre vai nos lembrar, nos momentos mais duros ou nos mais belos, de que cada experiência passada trouxe sim para você, um presente. E a gente vai sempre poder contar com estes, quando nada existir para se comemorar...Porque o presente não é aquele quadrado, mas aquele que você vai acessar como pilar.
Eu tive dois aniversários que me marcaram nesse sentido e com uma mesma sensação... A falta:
Lembro-me bem de um aniversário em que eu estava fazendo 11 anos... Nesse exato dia, tive que me despedir do meu pai nas mesmas terras de sonhos e voltar pra casa... Eu vi as lágrimas nos olhos dele de dentro do ônibus.. Ele nada me dissera sobre sua dor.. Não deixou seus olhos molharem enquanto eu estava a sua frente.. E eu fingi não ver... Mas o perfeito ainda existe na falta... O fato de ele não ter dito, não anulou a minha percepção de menina... Eu sabia da importância de que aquela história tinha pra ele... Sabia do seu amor apenas com todo o seu movimento diário em torno de mim... E então eu não fiquei triste... Eu sabia do melhor que vinha “DALI” e eu sentia o mesmo...
Um outro momento faltoso, fora um em que minha mãe não pudera estar comigo... Ela tinha que resolver algumas questões nessas mesmas terras exatamente no dia 02... Questões, interesses de família... Terras não imensamente distantes... Não imensamente próximas.. Mas era no norte..
Talvez eu possa pensar que era um norte pra mim, toda essa terra de sonhos, onde durante toda minha infância, a neblina na manhã era tão intensa a minha porta, que eu acreditei durante anos e anos, de que eram nuvens... Nuvens a minha porta, quando eu acordara..... Nuvens a minha porta...
Muito branco... Tão branco que eu mal podia enxergar um palmo a minha frente... E era muito mágico brincar de esconder entre nuvens...
Essa experiência toda acontecia lá no alto daquelas montanhas, onde desejos se faziam vivos, e era uma terra pra mim, de sonhos...
Passadas essas experiências... Nenhuma me marcara a não ser a última... Todas que aconteceram nesse vão se misturam como acontecimentos... Não como marcações de uma experiência de vida... Pessoas vinham e iam... Bebidas, presentes embalados em laços, abraços, fotos... Mas a vida, veja que ironia... Se diz até quando mesmo que perdidos, podemos nos perceber não como em ato, mas como em estado frágil, na falta da vivência...
Eu um aniversário recente, no qual eu gostaria anteriormente de ter-me ausentado... Talvez teria sido, se eu tivesse levado esse não desejo, mas esse quase ato, uma experiência-metáfora de como eu me sentia.
Um momento que eu não conseguia... Não “con”, “seguia”... Talvez fora isso... Um momento delicado, que certamente eu mal poderia compartilhar... Não era “com”, era “sem”...Frágil.... Muito frágil.. Fora o único aniversário, que eu realmente acreditava precisar como que atuando, uma ausência, fazer-me inexistente. Como se não bastara programar velas e doces, eu degustava a breja como que, para aliviar. Será este um aniversário que eu ainda possa marcar.... A gente pode continuar... A gente pode conseguir... A gente pode. E foram mesmo, os meus amigos que me mostraram isso... Foram eles e ainda é que me mostram que eu tenho “com (quem) seguir”... Mesmo que estejam no Rio.. Mesmo que estejam em São Paulo... Podem estar no Rio Grande do Sul... Mesmo que estejam na Espanha... Mesmo que estejam nos EUA... Mesmo que estejam no meu bairro e tão frágeis que talvez por isso mesmo não estejam fisicamente... Talvez ainda estejam dançando zouk... Mas são eles... Que a cada hora que eu grito... Eu tenho colo. Eu posso ter um colo, eu posso ter vários colos!
Agora. Permitindo-me mais do que nunca estar bem dentro, como nunca estive... Eu sempre me posicionei frente a diversas experiências de maneira a separar o tanto daqui com o tanto dali.. Esse novo “vinho” será degustado bem no centro de pessoas nos quais de alguma maneira, eu me identificara a anos... Seja pelo ar tranquilo.. Seja pelos sorrisos compartilhados.. Seja pela segurança que me oferecera.. Seja pelo carinho que me acolhera...
Hoje eu não tenho mais acessos aquelas terras que me traziam nuvens quando eu acordara... Terra de doces e bolos... Terra de tratores, estrelas sem fim e até carrapatos... Hoje eu não tenho acesso da mesma maneira daqueles investimentos-origem, não mais sou rodeada de mulheres, nem tampouco tenho bandinhas que me indicam caminhos, por onde eu queira ir... Não existem mais amores platônicos e também não existe mais a inocência... E a experiência daquela falta... É... Eu aprendi que posso transformar a falta....Posso a partir da mesma, ter a exata percepção do que eu preciso para ser feliz. Só a falta pode me dizer sobre isso... E a experiência de em ato, mostrar o quanto me sinto ausente da festa... Esta também não está se fazendo agora...
É justo contar o que há agora... Creio eu.
Agora há uma vida após a porta. O real, não nuvens, mas que podem ser tão belas como.
Agora, eu posso escolher as terras, porto seguro por ponde irei pisar... Não são montanhas.. Mas talvez tenha novos costumes no qual eu terei que me acostumar...
Agora, tenho outras formas de pensamentos que não tão complexos, como os das mulheres... Posso ter aos homens como amigos.. E estes continuam leves... Cada um no seu cada um...
Quanto as mulheres... Elas continuam aí... Denunciando e compartilhando... Ferozmente... – sorrisos – Ferozmente!
Hoje, eu posso, eu mesma escrever letras que digam por onde eu queira ir, as bandas não precisam mais dizer por mim.
Hoje eu não tiro fotos... Eu fotografo.
Meus amores são reais. Os vivo confesso, um tanto cheia de cuidados... Mas continuam únicos. E belos. Mesmo que possam se tornar distantes... Como fora o platônico. Mas certamente mais intensos, mais verdadeiros e nada inocentes! – sorrisos – E isso é também louvável.
Quanto a falta... Minha aliada. Ela me fofoca todos os dias, como também meu inconsciente, sobre quem eu sou e sobre o que preciso. Ela me dói, mas é ela que me leva a glória... A glória de cada desejo alcançado.
O que fica agora é a questão... A questão feita ao informante sobre aquele que “partiu”: Lutou dia a dia para que conseguisse fazer valer a experiência no qual permitiria ao mesmo, a exata dimensão do que é estar vivo? Conseguiu tal sujeito fazer valer seu desejo, sua vida?
É possível agora eu pensando em vida, trazer a questão se é justo comemorar mais esse ano que completo e que após a marcação, novamente inicio?
-sorrisos-
Nossa... É justo! Fiz todos os dias o que acreditei ser certo.. E em todos os momentos em que não consegui/com-segui, pedi socorro dignamente. Irei continuar assim... Todos os dias!
Que como fora descrito lá em cima... O presente que eu ganhara em cada um dos aniversários, fora a constatação do que eu realmente precisaria para viver. A cada ano completo, eu ganhei mais vida. Presentes que me indicam agora o que deve ser marcado:
A vida continua. A comemoração pode e deve ser vista paralelamente como uma indicação de investimento. “In-vesti-ment”. Os teus próximos irão lhe presentear com algo, que foge a consciência até dos mesmos.. Irá indicar o que irás precisar daqui pra frente.
E se quando eu abrir a porta, não tiver “nuvens” ali...
Eu poderei me lembrar sem a inocência, mas com todo o real de que ainda há o céu.
E isso dá a dimensão de que eu posso tudo que eu desejar.
Bom... Então já que estou podendo....!
(sorrisos)



Míriam Machado

31-07-2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Presente da Cris...

Saussure...
Autora: Cris di Castro


A Semiótica dos Sentidos
Nos Sentidos das Linguagens
Dos Versos e dos Reversos
Do significante: Géminis...
Do significado: Cáncer...
Dos lexemas
Dos morfemas
Dos discursos
Dos silêncios
Das proposições
Dos Yin – passivos -
Escuros e frios
Femininos
Dos Yang – activos -
Luminosos e quentes
Masculinos
Das dificuldades de ser inteiro
Das arbitrariedades dos desejos
Nas ausências dos tidos
Dos sentimentos não sentidos
Ocorridos na Instância das Letras
E em tudo mais que se possa calar...
Esse "rabisco" é uma Resposta e homenagem aos: Sen ti, senti do dos sen tidos. Senti indo, da autora: Mírian Machado...

Flor, especial é você.
 
Obs:Criiiiiiiiiiiiiissssssssss, obrigada! Adorei!  São os presentes... "Presentes!"

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quente...Muito quente....
Levanto-me, abro a janela.... Tiro as meias.
Quente... Ainda quente...
De pé. Até a cozinha... E água....
Mais água.
Volto para cama.
Tudo permanece quente.
Ligo a televisão, não me interesso por qualquer coisa.
Acesso a net,nada me preenche.
Tento dormir.
Esfria......
Extremidades geladas.
Como será possível compreender tal mudança?
Ausência de um motivo consciente.
Coloco as meias.
Viro para um lado, para o outro.....
Eram 00:00hs quando acordara...
Agora, 04:00hs.
Outra mudança...
Nem quente, nem frio, nem nada....
Posso dormir novamente.
Posso dormir com uma "nova mente".
Talvez fosse o que faltava.
Nem o calor...
Nem uma frieza...
O real me deixa descansar novamente.
Agora, se torna possível algumas dicas do que me acordara...
Porque os extremos...
Os extremos não me deixavam em paz.
Nada de uma ponta a outra agora.
Voltei pra mim.



Míriam Machado

terça-feira, 6 de julho de 2010

Marcando..

"...Se tudo pode acontecer... se pode acontecer qualquer coisa,
Um deserto florescer, uma nuvem cheia não chover...
Pode alguém aparecer e acontecer de ser você...
Um cometa vir ao chão, um relâmpago na escuridão.

E agente caminhando de mãos dadas de qualquer maneira...
Eu quero que esse momento dure a vida inteira...
E além da vida ainda de manhã no outro dia,
Se for eu e você, se assim acontecer."


Se Tudo Pode Acontecer
Arnaldo Antunes

terça-feira, 29 de junho de 2010

O dia em que eu comecei a olhar pra fora, eu me dei conta do quanto os meus olhos são ricos, meu gesto milionário e meu espírito impagável.

Míriam Machado
28-06-2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Uma atualizada

Eu ando atualizando páginas.
E rio de mim. Mas nem é por saber que está tudo certo...
Eu manuseio/seguro o "meio de ser encontrada" em minhas mãos..
E eu sei da não existência desse mesmo meio, do lado de lá.
Então eu guardo tal ato/esperança junto as chaves, carteiras e documentos..
...quando me convenço que "não vai tocar".
Sei que depende apenas de mim para resolver isso...
Mas quanto aos próximos "issos"...
..eu não sei dizer...
E não é pretensão a minha querer saber!
Na verdade eu aguardo/procuro nos códigos, algo que me desperte a certeza de até onde ir, depois....
Enquanto isso...
Me congelo no atualizar as páginas..
E nesse meio tempo tudo fica frio, solitário, silencioso..
Me aquieto para saber se após esse movimento repetitivo e frágil, posso então abster-me de tanto gelo sobre minhas mãos, pés, costas...
Me atenho frente ao conteúdo que irá indicar sobre os meus movimentos.
E diante dos mesmos...
Eu desejo mesmo, que eu me aqueça de novo.
E que fiquem apenas as telas não atualizadas..
E não a troca.
E não a partilha.
E não essa clareza toda.

Míriam Machado
28-06-2010

sábado, 26 de junho de 2010

Me dou conta do quanto o tempo passa, quando milhões de coisas acontecem em um segundo.


Míriam Machado
26-06-2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sem a ordem das "hs".

Eu gostaria que a manhã do dia durasse oito brancas.
Eu gostaria que a tarde durasse oito douradas.
Então as horas claras da manhã chegariam até o que chamamos de 14:00...
E a tarde com o seu sol mais quente chegaria aí, até as 22:00...
Imagine só a luz até as 22:00....!
Nesse intervalo de tempo eu viveria muitas horas de sol.
Muitas horas de entendimento de que ainda é tempo de acontecer.
Entendimento convidativo, claro e quente.
Um intervalo que me convida a vida.
Depois que essa possibilidade de luz se cumprisse, a escuridão da noite poderia chegar.
As 22:01...
E para os amantes da bohemia, deslifes poderiam se dar.
Eu, poderia dormir.
Com o corpo exausto de tanto viver.
Descansar enfim por oito sombras.
Eu dormiria sobre elas sem culpa.
Mas com tranquilidade de que as horas brancas e douradas estariam mais tempo comigo no próximo intervalo, dando-me mais possibilidades fora da ordem das "hs".
Eu gostaria de viver um tempo sem a ordem das hs.

Míriam Machado
23-06-2010

E ainda acolhem outras vidas...


Em uma terça olhando os detalhes...
E na quarta..
Constatando o verídico.

Míriam Machado
22-06-2010

domingo, 13 de junho de 2010

Je marche perdu entre tant de désirs.
Peut-être je vais me retrouver dans un seul.

Miriam Machado

sábado, 22 de maio de 2010

Vamos com isso! Vamos com isso! Venha!

Vinho.
Chamo...
Estamos aí..
Mas é só para constatar...
Sim, eu bebo, sozinha no sábado a noite.
E o telefone toca.
Eu não atendo.
Na verdade essa postagem é pra dizer que não adianta me procurar em casa. Eu não atendo o telefone de casa...
Gente! Eu nunca contei isso aqui??????
Eu não atendo ao mundo...
Eu atendo quem quer falar comigo.
Independente da situação.
A gente é quem pode situar a ação, né...!
Eu atendo sim, quem me procura.
É isso.
Eu atendo quem me procura.
E enquanto isso..
Eu continuo tomando vinho...
O resultado disso ainda nem posso dizer..
Mas quem sabe daqui a duas horas... ?
Momento este que também nem vai adiantar me procurar em casa...
Porque eu só, atendo a quem me procura independente disso ou daquilo...
Eu atendo pessoas independentes...
Não atendo quem procura em algum lugar...
Nego-me a responder a demandas..
Demandas seguras.
Não ofereço segurança.
Ofereço vinho.
Quer vinho...?

Míriam Machado

domingo, 9 de maio de 2010

Conta "di-vida."

Eu ando acompanhada de minhas palavras.
Elas me contam sobre contas...
Contas que me pertencem e eu nem me dava conta...
Mas tais palavras, insistem em me contar...
“Terás que se a ver com elas!” : disseram- me as palavras.
E ainda sobre o efeito do susto , ao perceber o desenho que elas formavam, procurei concentrar-me de que não eram as contas que me tornavam em dívida, mas minhas dívidas que se diziam nelas.
Respondi então às palavras: ­_ Cuidarei de cada letra tua, afinal a conta é “di-vida”. E eu posso contar da vida como a vida tem muito a me contar.
Essa conta é mesmo minha.
E as palavras continuam a me contar... E eu continuo a responder... Vamos dividindo a vida... Compartilhando a vida.

Míriam Machado
09-05-2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Desejando mudar o estado.

Quantas febres ainda virão?
Altas temperaturas para mudar a natureza....
Como esses 40º podem querer dizer de uma experiência ainda não vivida?
Como se fosse mágica, como o dia que alguém descobriu o fogo e mudou tudo..
Hoje, esta, quer des-cobrir e dizer-se cheia de calor...
E no final...
Mudar tudo.

Míriam Machado

sábado, 24 de abril de 2010

Sen ti, senti do dos sen tidos. Senti indo.

Continuo sentindo a falta de sentido nos tidos por aí...
Eu quero/preciso ver a hora das minhas letras terem razões para mudar de lugar na palavra e discursarem a existência de sentidos.
Sen - tidos.
Sen - tindo.
Sen - ti - dos.
Senti- do.

Sen - ti, - dos Sen - tindo... Senti- do, do Sem - tidos.
_Sem ti, sem ter a experiência ( parte do outro) .... Senti dó (lamentei), o sem tido ( a falta de sentido, a experiência). _

Sen ti do. Sem - um outro - lamento
Sem tido. Ponto. Passado. A Falta. Sem troca. Ausência de sentido.
Sem tindo. Uma reticência?Presente. A Falta. Sem troca. Ausência de sentido.
Senti - indo. Uma sequência e ponto. Presente e futuro. A existência. Sem solidão, estar consigo mesmo. Experiência da continuidade. A existência de sentido. É... Esse é o meu sentido.



Míriam Machado

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Perder para ganhar.

Constatação:
Não sei se posso dizer que perdi, mas durante toda a história, eu não ganhei...
Eu já fiquei triste por isso em outro momento...

Mas hoje, no último segundo, eu posso afirmar que ganhei, mesmo diante da certeza que perdi.
E mesmo tendo consciência da perda, eu estou toda, toda, toda feliz...
Com o que eu ganhei!
Mesmo frente a impossibilidade do acesso.
Eu sei, eu sei... Não me foi oferecida a oportunidade de visualizar o "lado feio"novamente...
Mas não é o que vem de fora que me é referência.
A minha referência é interna.
E olha... Ela me diz que eu vivi um segundo verdadeiramente compartilhado.
Isso faz da falta, uma completude.
É por experiências assim que eu sempre digo..
Eu sou muito rica!

Míriam Machado

Presente.

Eu nunca pensei a esse respeito....
Mas hoje (agora) eu ganhei um presente.
O contraste.
De tão belo, de tão perfeito, de tão intenso, de tão desejado por todo o tempo passado...
Hoje (presente) eu ganhei a aspereza em uma última frase.
E esse foi o sinal que faltava para completar e tornar o seu "outro-inconsciente" , um humano inteiro...
Porque todos somos cheios de bons e ruins..
Considero um presente, não se surpreenda.
Mesmo que nunca mais tenha a esse, acesso.
Mas esse foi verdadeiro.
E por isso mesmo, para mim, mais precioso.
Mais precioso do que toda delícia passada.
Eu tive agora na sequidão das ultimas letras...
A experiência de compartilhar fora da fantasia, o real..
E confesso, muito mais bonito do que antes.
É isso é uma dica!
Se possível de troca ou não, o que vem ao caso agora é que ganhei um presente: todos os seus lados, perfeito e imperfeito como um humano.
Porque realmente não poderia ser apenas perfeito ou apenas imperfeito como uma máquina.
Antes, eu só acessava seus lados belos.
Nesse momento, eu ganhei o lado bravo/rancoroso...
Eu faria tudo de novo, desde o início só para ter as últimas frias palavras.
E o consequente acesso a sua completude.
Eu quis muito isso!
E diante dessa possibilidade (presente/seu inteiro), sim: sorrisos!


Míriam Machado

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Meu inconsciente fofoqueiro.
Eu nunca imaginei poder me alegrar diante dessa sua postura.
Mas a constatação é:
0 que seria de mim se não fosse você?
Contando mais de mim, do que minha consciência possa dizer...

Míriam Machado

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eu tenho que continuar vivendo, mas o som externo não me deixa concentrar na experiência. Aumento o som interno.
Eu tenho que continuar vivendo, mas o som interno não me deixa concentrar no ato.
Aumento o som externo.
Eu tenho que continuar vivendo, mas todos estes sons me dizem sobre algo da não continuidade.
Eu reconheço este som.
Ele arranha as cordas e ressoa um desafino.
E eu, que sempre acreditei não poder existir sem a música.
Pergunto-me o que fiz até agora.
Mas o que fiz, eu também reconheço.
Provavelmente a consciência da importância de um som/rítmo, já anunciava mesmo que inconsciente, a ausência da vida.
E confesso. Nem a consciência nem a insconciência me dizem sobre o agora em diante... Sobre aumentar ou abaixar o som/rítmo...
A minha experiência, desse ato, nada diz.
Estou sem saber...
Nem corda, nem música agora.



Míriam Machado

sábado, 17 de abril de 2010

Tem existido.

Não tem existido vida dentro. Há horas nessas paredes brancas e geladas...
Não tem existido vida. Dentro há horas nessas paredes brancas e geladas.
Não tem existido vida dentro à horas, nessas paredes brancas e geladas...
Não, tem existido vida dentro à horas nessas paredes brancas e geladas!



Míriam Machado

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Nossos motivos acordados.

E por falar em 02:48hs da madrugada:

Mimi... http://fruitsmurs.blogspot.com disse (02:48):
diga-me.... Crê você que amanhã será um novo...?

(.... ) @hotmail.com disse (02:51):
acho que qdo se fala de um novo a questao nao seria mais de crença

Mimi... http://fruitsmurs.blogspot.com disse (02:58):
É. O novo é maior do que a esperança. E eu não quero ter esperança. Eu quero o novo. Mas se nem a esperança _ crer, eu quero... Como posso desejar o novo?... Eu quero o real. Nao este que me diz que é hora de dormir para acordar amanha. O amanha é agora pra mim. Eu já estou aqui. Nao existe outra hora.

( ....) hotmail.com disse (03:02):
penso q nem a espera e nem a esperança - aí, nessa distância, nessa divergencia - puro abismo (abismado de um sei lá o q), onde cessa qqer possibilidade de espera, começaria a acontecer algo + verdadeiramente

Mimi... http://fruitsmurs.blogspot.com disse (03:10):
Por que só se é possível pensar no acontecer e na verdade, quando contrastes a abismos, cortes, finais, quedas podem acontecer...? Podem acontecer... Também não é real. O real é a minha torcida. Uma torcida.

( ... ) @hotmail.com disse (03:13):
sim, o real é uma torcida -


Merci pour tous les cafés et plus encore ...Je paie tout!

ASS: Mi e ...

terça-feira, 30 de março de 2010

Saudade.

É bem íntimo...
É bem calado isso...
Isso de querer rever....
Estar de novo bem próxima...
Bem íntima...
Então fica essa saudade....
Mas uma s-a-u-d-a-d-e.... do humano que há nos seres....
Mas nem um pouco dos seres humanos, pois estes estão por toda parte!
Então estou já a algum tempo com essa...
Saudade.
Ouvi dizer que essa nossa palavra se dá diante da ausência do valor do outro... E a saudade não é nada mais, do que o reconhecimento desse valor.
Então eu ando com esse reconhecimento do valor do humano nos seres...
O valor do humano...
Porque nas ruas tem um monte de seres humanos com ausência de valor...
Mas não são esses que me fazem parar agora e reconhecer...
Eu olho para as pessoas.
Eu as escuto...
Enxergando através...
Confesso.... Aguardo cheia de esperança que o humano em seus discursos, apareça...
Mas as vezes.... Muitas vezes.... Nem sinal.
Eu não desisto. Permaneço.
Eu não posso fazê-lo. Insisto.
Desistir é morrer.
E eu não quero morrer... E eu não quero que as pessoas morram em vida.
Nada dessa história de "dê existir"...
Eu não posso.
Eu posso ser.
Eu não quero.
Eu quero ser.
Eu não concordo.
Já que estou aqui....
Eu quero mesmo é compartilhar...
Isso que é da ordem do humano.
Isso que é da ordem da força e do frágil.
Da ordem do peculiar.
Isso que é da ordem.
Uma ordem!
Manter o humano que há no meu ser....
No seu ser.....



Míriam Machado

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cada tijolo a meu favor.

E que em minhas construções...
Na inconsciência de minhas metáforas...
E as vezes, metonímias...
Eu, não me assuste por demais.
E em um momento mais a diante, que eu não veja antagonismos!
Nada de antônimos!
Que lá na frente, não me chegue a consciência que todo esse meu ofício, tenha se dado apenas para um eufemismo...
Mas que eu possa concluir ainda, que toda essa experiência possa sim ter sido uma hipérbole...
Mas que ainda, eu possa descansar nos meus sinônimos.

Míriam Machado

quarta-feira, 24 de março de 2010

Meu percurso.

Quando apreendo o saber, consigo enxergar.
E quando posso enxergar, torno-me livre.

Míriam Machado

terça-feira, 23 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estudo. És tudo. Tudo por vir...

Eu vou comer todas as palavras... E em seguida, vou lembrar que ninguém tem culpa de que para o valor do saber e da liberdade, não exista dinheiro que pague.

Míriam Machado

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ainda bem que... agora.


A que hora mais poderia me interessar?


Nada de humano encontro em mim...
Mas afronto-me com a possibilidade de perceber-me diante de um outro, o que devo considerar uma sorte.
E o relampejo de uma saudade do que meus olhos vêem nesse mesmo outro, mostram-me que ainda há tempo.
Lembra-me de que ainda é possível.
E se por um lado me percebo realmente não tão humana, por todos os outros comprovo que certamente viva.
Essa percepção se dá também agora...
E isso é mais do que uma sorte.
É a constatação do valor do meu humano, diante da falta do mesmo.
Essa... Uma sinalização do caminho de volta.
Um fenômeno, um portento.
Ainda bem que se não ontem...
Que possa ser agora.

Míriam Machado
26 de Fevereiro e 12 de Março de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sem... Com...

Está escorrendo tristeza.
Está escorrendo...
Já fazia tempo...
Chegou sozinha... Sozinha porque quis.
Essa é mesmo a sua escolha, sozinha por desejo.
Desejo de ser.
Que seja sem.
Assim mesmo, sem...
Toda faltosa.
Sem crer, mas sem duvidar.
Sem poder, mas não sem força para continuar.
Sem nome, mas não no anonimato.
Sem descanso, mas sem exaustão.
Sem clareza, mas não sem discurso.
Sem nada e por isso mesmo com tudo.
Sem fome, e por isso mesmo ciente do sabor.
Sem sono, mas por algumas horas, preenchida de sonhos-metáforas pesadas.
Sem riso e também sem lágrima.
Sem calma, mas também sem pressa...
Assim...
Sem...
Com....
Sem sobra, mas não na falta de...
Porque na verdade, essa tristeza...
Não se diz na continuidade da exatidão.
Ela chegou e ficou.
Pode ser qualquer coisa, tanto faz!
Pode ser o que quiser e o que, não quiser.
Nada faz, que seja!
Porque alguém me disse...
As vezes... Muitas vezes... É preciso fazer nada... Entendendo que fazer nada é estar fazendo alguma coisa.. A sua coisa...
Um nada pelo tudo.
E quando toda ela acabar de escorrer.
Depois de enxuta deixar-me...
Ao invéz de um "es"...."cor".... "rer"....
Cor esta, que pode ser algo bem definido ou, todas as indefinições perdidas.
Essa tristeza que caiu sobre esse corpo e sem expressão, ocupa-se de fazer nada...
Jogada sobre o sofá...
Agora trata.
"Es... Cor... Rer..."
E ao invés dessa cor passada andar pra trás...
E toda essa tristeza lavar-me e deixar-me limpa outra vez..
Uma cor atual voltará a aparecer...
Um presente futuro poderá então caminhar...
Ou..
Voar.

Míriam Machado

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010