terça-feira, 30 de março de 2010

Saudade.

É bem íntimo...
É bem calado isso...
Isso de querer rever....
Estar de novo bem próxima...
Bem íntima...
Então fica essa saudade....
Mas uma s-a-u-d-a-d-e.... do humano que há nos seres....
Mas nem um pouco dos seres humanos, pois estes estão por toda parte!
Então estou já a algum tempo com essa...
Saudade.
Ouvi dizer que essa nossa palavra se dá diante da ausência do valor do outro... E a saudade não é nada mais, do que o reconhecimento desse valor.
Então eu ando com esse reconhecimento do valor do humano nos seres...
O valor do humano...
Porque nas ruas tem um monte de seres humanos com ausência de valor...
Mas não são esses que me fazem parar agora e reconhecer...
Eu olho para as pessoas.
Eu as escuto...
Enxergando através...
Confesso.... Aguardo cheia de esperança que o humano em seus discursos, apareça...
Mas as vezes.... Muitas vezes.... Nem sinal.
Eu não desisto. Permaneço.
Eu não posso fazê-lo. Insisto.
Desistir é morrer.
E eu não quero morrer... E eu não quero que as pessoas morram em vida.
Nada dessa história de "dê existir"...
Eu não posso.
Eu posso ser.
Eu não quero.
Eu quero ser.
Eu não concordo.
Já que estou aqui....
Eu quero mesmo é compartilhar...
Isso que é da ordem do humano.
Isso que é da ordem da força e do frágil.
Da ordem do peculiar.
Isso que é da ordem.
Uma ordem!
Manter o humano que há no meu ser....
No seu ser.....



Míriam Machado

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