quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Meu encontro com 2009 - 05-01-09

Minutos marcam a caminhada até a areia...
Pessoas de todas origens e vivências caminhando nas ruas para assistir aquela luz no céu que tirava gritos de toda gente, a emoção sem fim de dentro de cada um.
Cantavam a mesma música "Adeus ano velho, feliz ano novo... Que tudo se realize no ano que vai nascer..."Mãos dadas, abraços, brindes... Pessoas esperançosas, com sorrisos nos rostos...
Lembranças e sonhos caminhavam com elas lado a lado.
Todos desenvolvendo um percurso com uma crença em comum: que no amanhã, o novo írá chegar, naquilo que adormecemos desejando.
Meus pensamentos otimistas passavam por todos "lugares": familiares, no futuro profissional, nas construções sociais, a possibilidade de manter uma liberdade, no desejo...
Enfim, na real razão e chance de experienciar o ato de viver.
E a minha alma ali...
Com dois milhões de pessoas, almas numerosas..
Eu estava em paz...
Confesso: o meu coração ficou emocionado.
Bem sabe-se que após qualquer experiência já não se é mais o mesmo... E a todo momento como este, eu já não sou....
E me alegro a toda nova Míriam que chega.
Agora com 2009.
Míriam Machado...(05 de Janeiro de 2009)

Interno - 07/07/2008

Calce pantufas e tome chocolate quente.... Faça isso de pijamas e meias, bem esparramado em suas almofadas... Tapetes.... Lençóis...
Chame alguém para fazer o mesmo com você!
Tome champagne deitado ao chão.
Faça amor durante o dia.
Pegue o lápis e desenhe.
Rabisque qualquer coisa. Permita-se.
Escreva.
Sem rima. Sem pensar.
Conte o que sente, sem pé nem cabeça. Sem lógica. Viva...
Fotografe.
O nada, o tudo.
Quem você não conhece, o que ninguém nem vê. Arrisque!
Dance... Sem forma, sem ninguém, sem hora, sem razão. Se jogue.
Faça um prato delicioso para você mesmo. Acenda velas, coloque uma música ambiente. Comemore o seu dia independente de como ele foi.
Comemore você!
Sem pretensões, olhe para as pessoas. Observe o sorriso delas, o olhar, o tom. E sorria para elas nesse final.
Seja festeiro nos abraços. Destaque os detalhes, reforce a simplicidade, incentive o que é natural.
Elogie.
Ocupe seu tempo.
Dê uma volta com o seu cão, escute uma música, pegue um filme na locadora, faça um cappuccino, plante um bonsai, escreva para alguém, arrume uma gaveta, pinte um terço de um quadro, conte uma história que lhe é engraçada, ria de si mesmo, tome um banho demorado. Planeje sua vida, ocupe sua mente, seja perseverante e complete essa combinação com atitude!
Tenha consideração, seja grato.
Convide alguém para fazer arte contigo, mesmo que essa pessoa nunca tenha experimentado. Se você nunca fez, se convide para fazer com alguém que saiba.... Ou que nem saiba! Imagine o quanto isso pode ser interessante!
Concentre-se na disposição. Concentre-se no dispor de ação.
Faça amigos... Se apresente! Anote os contatos. Convide-os para uma reunião em sua casa!
Aproxima-se das pessoas que têm mais idade que você, que tem menos, de outro sexo. Fale com pessoas que gostam de coisas diferentes de você, que pensam diferente de você.
Vá ver aquela pessoa que a muito você não tem notícias!
Compre uma fruta e dê de presente!
Faça um doce e leve para alguém.
Coma brigadeiros de colher e se perdoe por comer mais no inverno.
Não se ocupe de tentar evitar sua dor. Se concentre no que está causando toda ela. E se apodere do que descobrir.
Escute seus "brancos".
Faça detalhes acontecer, independente de companhia, independente do tempo, independente de dinheiro. Faça agora o que lhe é possível. Não espere, não adie, não desanime.
Vá a pé, vá consigo mesmo, vá cansado, mas vá. Vá agora!
Quando ouvir alguém gargalhar, se aproxime..... Aguarde.... Seu coração vai se alegrar e logo, logo, você vai começar a rir também.
Brinque com uma criança, do que ela quiser brincar. Escute a imaginação dela... E aprenda!
Quando não quiser alguma coisa, diga não.
Ocupe seu tempo e mostre seu caráter com sua verdade. E para isso, tenha coragem.
Diga que ama a quem você ama. Diga sempre!
Beije seus pais... Seus irmãos... Por que não, se é tão comum beijarmos os amigos, namorados, etc?
Aceite os convites inesperados. Aqueles que a princípio você tem preguiça de ir . Estes são os melhores!
Não existe verdade na mediocridade. Não existe meio amor, meia amizade, meia vida, meio tempo. Não existe meio. Se você se envolve "meio" na vida, o retorno que você vai ter disso é "meio" também. E como no "meio" não há o que se considerar, o que você acredita ser uma verdade, não passa de sua imaginação acomodada.
Vá além disso!
Então... Tudo isso para dizer que é possível ocupar o tempo com detalhes simples, que você escolher, que você se identificar e ter seus dias mais bonitos, mais intensos, mais felizes. Tudo isso para dizer que se experimentar viver todos os teus papéis, de sujeito, de homem/mulher, de mãe/pai ou de filha/filho, de amigo/a...
Desenvolver o papel de profissional, de artista, de amante. Conseguir obter uma vida social ou se permitir fazer nada, numa preguiça gostosa quando seu corpo pedir. Ou mesmo conseguir/se permitir passar por alguns segundos de anonimato sem pensar em nada, apenas com você mesmo/a, sim.... Sua vida vai certamente acontecer com propriedade. Propriedade dos teus desejos.
Logo... Se ocupe de desejos belos.


Miriam Machado - 07/07/2008

Se hoje eu fosse lhe dizer (Texto reescrito em 04 de Fevereiro de 2009)

Diria para estar presente como um presente, para que todos tenham o desejo de desembrulhar.
Eu diria a você que se necessário lhe fosse objetivar, o fizesse com uma balinha, quem sabe uma Chita?
Sim. Bem simples assim.
Eu diria a você, que chegasse ao outro nas horas inesperadas, como algo preparado, escolhido e cheio de atenção.
Sim, eu diria a você, para segurar em suas mãos, não deixasse se perder , porque toda perda é sofrida quando não se trata de uma escolha...
Eu diria para comemorar suas relações todos os dias, de uma maneira simples, com um “uhuuuuu” que fosse..
Diria para perguntar como o outro está, sem necessariamente precisar saber da vida dele e definitivamente não ser invasivo. O outro lhe contará de sua própria vida quando desejar. Não serão necessários questionamentos fora de contexto.
Perguntar como o outro está, apenas para seu próximo sentir que você se importa. Esse é um carinho rico.
Se eu fosse lhe dizer, diria para deixar os rótulos para aqueles que não se sustentam sem um. Diria a você que podes ir além dos mesmos. Que és capaz, mesmo sem conhecimentos científicos, sem bases teóricas, aprofundar-se em cada experiência, em cada vivência, lembrando que cada uma é uma, e poderás ouvir a cada pessoa com a sua singularidade.
Diria para não julgar as experiências de teu próximo com base no seu sexo, em sua idade, atitude, dor ou erro.
Diria para lembrar-se que as pessoas não são partes. Diria para olhar para elas como um todo, inteiras.
Sempre se é possível escutar mais e tentar compreender a idéia de seu companheiro. Se nada compreender ou concordar, é bacana a possibilidade de expôr sua percepção, se você for consultado. Ainda assim, aceitando que ele siga seu próprio percurso.
Se eu fosse lhe dizer...
Lhe lembraria que o fato de alguém desabafar com você, não quer dizer que ele esteja querendo saber o que você pensa, ou que ele deposite em você, a decisão de seus novos atos.
Eu diria para oferecer seu tempo e sorrir sempre, mas oferecer-se exatamente na hora que tudo for mais difícil para o outro.
Eu diria para ser sincero. E quando em algum momento, se envergonhasse dos teus sentimentos, ainda assim, dissesse a respeito com toda a consideração que o outro merece. Mas jamais se escondesse nas falas, para que o outro não percebesse em teus esconderijos que não estás sendo tão verdadeiro. A não verdade pode machucar mais do que ela própria e dita. E nesse lugar tudo pode se perder sem estrada para voltar.
Eu diria para você dizer a verdade.
Contar sobre suas limitações e não fingir não tê-las.
Se eu pudesse fazer-lhe escutar.
Eu diria para que fosse companheiro, parceiro. Simplesmente diria para ser ouvinte, sem se colocar no lugar de quem sabe o que é melhor para o outro. Você não sabe. Talvez, muitas vezes, pode perceber o que faz mal ao teu próximo, mas não sabe o que é melhor para ele. Lembre-se que muitas vezes, não sabe nem o que é melhor para você! E esse percurso de descoberta é duro... E solitário.
Diria para não aconselhar e apenas procurar entender o que o outro diz, porque o que o outro diz, pode e muito provavelmente não fará sentido para você. Mas ainda assim, você pode escutar e entender que é apenas a forma no qual ele se entende naquele momento, o desenho no qual, ele se percebe.
Diria para ter cuidado com as opiniões. As dê, quando lhe forem pedidas, lembrando simplesmente que sua experiência não é a verdade do mundo e que a experiência do outro deve ser respeitada, logo, seja neutro, seja compreensivo e equilibrado. Se acreditar não conseguir isso, se permita ficar em silêncio, usando de sabedoria por dizer que também não tem um saber que talvez pudesse ajudar.
Diria para escutar sem temer.
Quando o outro fala dele, não está tirando nada de você.
Ele não está lhe impondo nada. Apenas escute.
Tome um distanciamento.
E durante todo o tempo, olhe para ele. E diga-lhe que ele não está sozinho nesse mundo que ele crê estar só e que você estará sempre ali para que ele se lembre disso.
Diria a você que não é preciso mais do que isso. A vida passa e quanto dela você perdeu simplesmente porque não soube ouvir? Não se deu conta de que não era necessário contextos afortunados ou festas demais.
Eu diria a você sobre ser educado. Não tomasse para si o que não te pertence. A vida do outro, é do outro. Não queira vivê-la como se fosse tua.
Diria para ser confiável. Que não distribuísse as falas que lhe foram ditas, desabafo sofrido em tom de confissão e para todos a tua volta, espalhasse tais dores, para se fazer diferente daquilo, que possivelmente você não conseguiu assimilar.
Diria sobre ser grato. Grato a um telefonema, a um sorriso, a uma frase, a um gesto simbólico que seja.
Fosse grato ao tempo que esse seu amigo lhe oferece, seja ele curto ou não. Eu diria para ser grato a todos os momentos que é lembrado, chamado ou convidado por ele.
Diria que não necessariamente precise dizer a ele que reconhece, mas que se posicione de tal maneira.
Diria que jamais, jamais desfizesse do pouco ou muito que ele lhe dá.
Se hoje eu fosse lhe dizer, diria para se posicionar diante da lealdade do outro.
Diante da verdade do outro, que às vezes você mal consegue suportar.
Se eu fosse lhe dizer, lhe lembraria, que muitos podem lhe chamar para a farra, mas poucos, poucos mesmo, irão oferecer sua casa, sua comida, sua companhia para enriquecer o seu dia.
Eu diria a você, que se por algum momento seu amigo não lhe compreendesse e cometesse algum engano, você pudesse pensar sobre o valor dele e falar a respeito.
Falar com ele, claro! E não dele, claro também!
Se eu fosse lhe dizer, lhe daria algumas dicas, que o que lhe incomoda no outro, se fizer presente em ti de forma permanente em formato de sentimentos angustiantes, discursos rancorosos... Nem tanto mais faz juízo ao outro, mas a você.
Diria para se perguntar o porquê que de repente, encontra-se tentando assimilar a atitude, o percurso de um outro sujeito. Onde é que de repente, algo nessa história "pega" em você.
Mas eu também lhe diria que se você cometesse alguma indelicadeza com o mesmo, fosse corajoso e digno o bastante para falar a respeito.
Do contrário, construções muito belas podem ficar para trás. E ambos podem perder com isso.
Ahhhh... Eu diria para você chorar com o outro sim, por que não?
Chorar quando ele estiver triste e de emoção, quando ele mudar de etapa e estiver orgulhoso por isso.
Eu diria a você de uma maneira bem “rasgada” que a amizade é de graça. Não paga nada.
Diria que não são rótulos o que a faz. Nem o tempo, mas uma oferenda, quando nada se pede e quando o mundo parece acabar.
Se eu fosse lhe dizer, poderia até lembrar que as amizades (ou qualquer outra relação) que iniciou-se na infância ou a muitos anos, tem uma natureza diferente da conquista recente, mas que nem por isso ela não possa enriquecer sua vida. Porque tem experiência que não vem para uma vida toda, mas ainda assim, as vezes, em um dia ou por poucas horas, ela lhe pode trazer um saber que lhe marca por uma vida inteira.
Se eu fosse lhe dizer....
Eu diria para aproveitar toda ela.
Miriam Machado (Julho de 2007)
(Tais palavras são para meus amigos saberem (que receberem tais escritas), que do que está escrito aqui , nada lhes servem. Vocês me dão tudo isso, como presentes de bala Chita. Muito provavelmente, durante tal leitura, identificaram-se com tudo ou alguma coisa que eu diria para ser, viver ou oferecer. E como eu bem digo, “eu diria”, mas que nada é para se dizer, porque a amizade é assim, se faz por ser.
E eu?
Sorrio e saboreio-a com infinita alegria todas as formas que vocês oferecem a mim, um tempo em que me encontro amparada.)

(Texto reescrito em 02 de Abril de 2008)
(Texto reescrito em 04 de Fevereiro de 2009)
Miriam Machado

Despedida 12-03-2008

Despedida.
Quantas vezes escrevi achando que seria uma despedida?
Quantas vezes tentei iniciar um relacionamento desejando que fosse uma nova etapa?
Não foi.
Quantas vezes me senti melhor, me diverti sem você, conheci pessoas interessantes e quando o dia lindo me chegava a janela, acordei e chorei sua falta?
Não tenho mais a pretensão de esquecer.
Não posso mais contar com isso.É preciso mesmo aceitar que tem experiência que vem para ficar.
Mesmo que de longe você veio para ficar.
Eu me lembro de detalhes nossos.
As vezes mal consigo abrir meus documentos porque há fotos demais neles de você...
Nunca neguei sua presença dentro de mim para ninguém e nunca desejei fazê-lo nem por mim.
Essa escrita é para eu aceitar.
Tentar aceitar... Que eu não tinha saber o suficiente para suportar a sua futura ausência física, mesmo não estando de coração.
Eu sempre senti muito por você e ainda sinto.
É impressionante!
Essa é a palavra mais presente em minha consciência por todo esse tempo que estamos separados.
Impressionante como você não sái de mim.
Impressionante como ainda sonho, como ainda choro, como lhe encontro nas músicas, nos programas mais diferentes de você ou diferentes do que vivemos juntos.
Impressionante como lhe encontro nas pessoas que se aproximam de mim, parecidas com você ou não, porque na verdade, não preciso encontrar algo que me lembre você para fazê-lo.
Me lembro de sua pessoa até nos contrários.
Impressionante como falo de você com tanta naturalidade aos meus próximos como se nunca tivéssemos nos separado.
As vezes.... Me desmonto por você e sei que nem podes imaginar que tudo isso acontece.
Se você soubesse?
Começo a falar com Deus... E diante do óbvio de que és tão especial, começo a crer que toda nossa história aconteceu, apenas para eu lhe “olhar” como alguém especial que fez parte do meu cenário. E essa nova crença é muito cruel comigo. Não sei mais, se contigo também....
Gostaria de lhe ver em qualquer esquina, mas quando vejo você, você não me vê. E me dou conta, de que eu queria ser vista por você também.E por alguns milésimos de segundos ter a sensação de estar sendo correspondida por teu desejo, como sempre soube que fui durante o tempo que estivemos juntos.
Já faz algum tempo que tudo se foi....
Quase o pouco tempo intenso que tivemos.
É impressionante como mesmo sem você, estive aqui lembrando e lhe procurando de alguma maneira todos os dias.
Todos os dias.
Não houve sequer um dia que eu não sentisse...Sentisse mesmo, em meu peito, a falta do que você é.
Eu continuo aprendendo e por isso mesmo, nada mais posso afirmar em relação a nós dois.
Hoje minhas esperanças estão chegando ao fim.
Então já iniciei novos movimentos que enquanto possuía esperanças, não faria. Imagino que contigo também esteja se dando o mesmo.
Sei que se lhe procurasse, em um primeiro momento seríamos colegas. Mas isso ainda seria impossível para nós dois.
Nos sabemos.
Ou...
Até onde sabemos...
E todo esse saber me deixa triste.
Podes estar tão “ocupado” e descrente como eu, mas eu sei como você sabe, que ainda sentimos o mesmo um pelo outro.
E mesmo depois de todo esse tempo e de todas as coisas que vivemos separados e mesmo acreditando que seria mais difícil, inimaginável estarmos juntos novamente, ainda assim eu trocaria tudo para ter acesso a você de novo.
Mesmo sabendo o quanto delicado poderia ser...
Com toda minha lágrima e todo o meu amor, eu estaria presente.
Então se o nome de tais escritas iniciaram-se com a palavra despedida.
Você pode entender tal palavra como uma despedida da crença de que um dia eu poderia esquecer você.
Despedida dessa necessidade de lhe esquecer, que não é maior do que a necessidade de estar contigo.
Porque nunca deixei de estar.
Despedida de uma idéia errônea de que você seria só mais um.
Não foi e não é.
Um alguém que me trouxe um pensar diferente.
Tão diferente que agora se somou a partes de mim.
Eu tenho toda essa história como um grande apreço.
Só vejo motivos para olhá-la como uma referência digna e feliz.
Sem qualquer razão para querer me desfazer dela, pelos momentos que nem sempre foram tranquilos.
O que me importa foi a intensidade correspondida que vivi.
Míriam Machado
12-03-08

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Coisa de gente grande. (Escrita feita em 2007)



Definitivamente meu "esporte" não é passar meu tempo em msn.
Tampouco abrir anexos de emails encaminhados.
Minhas relações não se dão por troca de emails (a não ser q meu amigo more longe).
Também não se dá por recados enviados por terceiros.
Mensagens no celular se dão apenas frente a urgência e da impossibilidade de falar frente  a mesma.
Essas citações são apenas formas de comunicação e não uma possibilidade de vida.
Nada substitui a presença.
NADA SE FAZ OU SE RESOLVE sem o olhar direto, a escuta e o argumento sequente, o toque, a expressão, o sorriso, o tom ou a lágrima.
Amigos, por telefone marcamos de encontrar e viver de verdade!
Mas não creia que possa me substituir. Não farei isso com você.
Nossas possibilidades são infinitamente superiores a essas formas de se relacionar.
Não dá para começar, manter ou terminar qualquer relação que seja, por uma conversa ao telefone, msn ou email. Porque se assim for é porque nada fora vivido com todas as verdades.
Se quiser experimentar e deixar de lado toda essa parnafenalha e as confusões que elas nos causam...
Eu estou aqui.
Se não para começar do zero, talvez para começar de novo, de outra maneira. Míriam Machado

O meu zouk. - 25 de Outubro de 2007




Há o q produza movimento e infelizmente, há muito que ñ produza...
A imagem tem esse lugar especial porque descreve um tanto essa história.Conta do segundo em que se encontra sentido. Encontro com a razão ou quem sabe, com a emoção.
Nesse processo de imagens, se é possível encontrar com pessoas diferentes, mas que, por este movimento, se disponibilizam a vivenciar tais círculos por horas.
Um movimento calado, ritmado, suado, endereçado, extravasado. Movimento que dispensa palavras.
Me diga aí!
O que mais na vida dispensa palavras? Visto q sem elas, a comunicação pode se equivocar.
O meu saudoso P.Evolução do zouk gravava a ação de um encontro ou desencontro. A ação única que não precisa falar, o zouk.E por momentos diversos quando se pode estar inteiro ou não, esse abraço acolhe. Aqui, a imagem congelada. Experiência que chega sem hora, mas que não vai mais embora. Porque essa história, esse lugar, essa dança, esse encontro, parte de cada um, como algo que se move sem palavras. Porque nem tudo pode se mover sem dizer...

Míriam Machado 25 de Outubro de 2007

sábado, 24 de janeiro de 2009

4º - Feliz natal! Dezembro de 2007

Você já se deu conta de que o natal está chegando?
Eu tenho visto nas lojas....
Luzes, cores, imagens do papai-noel, bolas, pisca-piscas, árvores....
Tudo isso às vezes me faz lembrar de muitas vivências marcantes que não voltam mais.
Me faz lembrar de pessoas que amo e que hoje moram tão longe... Irmãos, amigos...
Lembro-me de pessoas que não podem mais estar por aqui, mesmo que quisessem, mas que estão “olhando por mim”...
Me lembro de outras pessoas que por “falta de cuidados” não poderei abraçar nessa época..
Mas a vida é também assim...
O natal está chegando...
E já sinto saudade da época em que eu combinava com o meu irmão de levantarmos durante várias vezes a noite para ver se pegávamos o papai-noel no flagra, colocando os presentes ali na árvore..
E nesses momentos sempre dávamos de cara com o meu pai ali sentado, muito tarde, ainda assistindo televisão...
Poxa... Como é que o papai-noel viria colocar os presentes nas meias, enquanto meu pai ainda estava por lá?
Ao pensar no natal eu penso ao invés de presentes, prefiriria hoje, a presença viva das pessoas que amo...
Mas como não posso tê-las seja porque “já se foram”, ou porque estão longe demais, ou mesmo, porque a vida separa as pessoas mesmo e a gente tem que saber lidar com essa falta, eu ainda gostaria de poder falar-lhes da importância que elas tem para mim.
Seja com cartas lindas a enviar, seja com telefonemas que dizem um simples “ liguei só para dizer que sinto muito a sua falta”, seja com um “oi” no orkut (uma utilidade e tanta para este), seja com uma oração, por que não?
O natal está chegando...
E passa rápido.... Mas antes disso, esse tal de natal provoca um tantão de sentimentos em mim... Eu sei que mesmo eu tendo a melhor das intenções, não conseguirei lembrar-me de todas as pessoas importantes que passaram em minha vida para poder dar-lhes um simples telefonema...
Eu sei que mesmo que quisesse até poderia não encontra-las... Os números de telefones mudam... As casas mudam... As pessoas mudam....Por dentro.
E como flashes, minha mente, BH inteira, a Bahia, Porto Alegre, São Paulo, Rio, EUA, Israel, África, Paris, me passam por dentro... Por onde meu percurso/história está hoje.
Eu desejo um feliz natal a todos vocês.
Um natal inteiro. Eu adoro essa palavra “inteiro” – sorrisos .
Eu desejo coragem nos momentos dificeis, persistência no que foram buscar.
Eu desejo amor aos que estão sozinhos em terras distantes.
Alegria àqueles que não estão tão sozinhos assim, mas que a vida não nos permite nos abraçar por agora.
Eu desejo a aqueles que mesmo perto e que sintam-se perdidos, que tenham a oportunidade sempre de estar em sintonia com os próprios desejos.
Creio que no processo de cada um, se for possível perguntar a si mesmo qual sua própria verdade, seja possível conscientizar-se de seu caminho e voltar a sorrir, mesmo nos momentos mais delicados.
É o que eu desejo a cada um...
Motivos para sorrir... Mesmo provavelmente, sem que eu possa dizer a um por um.

Feliz natal!



Dezembro de 2007
Miriam Machado