Se eu acreditasse que quando morréssemos , voltaríamos em outra vida...
E se pudéssemos escolher de que maneira viríamos, de outra qualidade, natureza, dimensão, coisa, cor ou idéia...
Eu adoraria vir..... música!
Míriam Machado
04 de Julho de 2013
Míriam Machado
quarta-feira, 4 de julho de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Eu mal
consigo pensar. As minhas ideias estão todas ofuscadas com esses espaços
vazios, com esses brancos todos.
Rabiscarei tudo
isso com os meus esmaltes pretos.
Rabiscarei com os meus códigos em vinho. E preencherei minha mente com uma letra de música verdadeiramente
escrachada. É isso. Eu vou rasgar o que sobra da agenda. Não quero buracos.
Quero inscritas espalhadas e que me representem.
Criarei uma melodia com o som destes papeis sendo despedaçados .Que meus atos façam
barulhos. Desde então, ouvirei tal obra no talo e dançarei sem ritmo, ignorando a qualquer crítica
destituída de saber.
Quero ocupar minha presença com expressão. Quero cansar minhas ideias de ininterrupto trabalho. Quero cansar o meu
corpo de prazer. Quero cantar ao ponto de enrouquecer
a minha voz. Quero ser tomada de ideias díspares de um
outro alguém. Quero cansar a minha mente
com uma imensa apropriação de saber. Quero que os meus materiais acabem
amarrotados / anotados. Quero adentrar madrugadas.. E no final, eu quero desmaiar por esgotamento.
Quando a manhã chegar, dar origem a uma diligência em um campo bem
iluminado e aquecido de sol. E sem margem de dúvida... Quando eu olhar para o
lado, desejo compartilhar tal episódio com ninguém
menos inspirado que eu.
Míriam Machado
21 de Maio _ 2012
OBS: Se não me engano é a única vez quer não posto um texto na íntegra. Mas a idéia não foge. Não foge.
domingo, 25 de março de 2012
Existe um bolo subindo às minhas cordas.
São como sombras não portadas de contextos claros.
Interrogam sobre qual som irão soar.
Sem retorno, esfumam-se em movimento.
Uma voracidade circula sobre toda essa massa..
Não se dizem... Não se formam...
Permanecem em estado incógnito.
Não demandam, não afirmam ou negam. Não satirizam, não clamam e nem sossegam.
Mas amontoam-se anunciando uma inscrita.
Esta, circula sem pontos de falta como uma pulsação sem rumo.
Míriam Machado
21 de Março de 2012
São como sombras não portadas de contextos claros.
Interrogam sobre qual som irão soar.
Sem retorno, esfumam-se em movimento.
Uma voracidade circula sobre toda essa massa..
Não se dizem... Não se formam...
Permanecem em estado incógnito.
Não demandam, não afirmam ou negam. Não satirizam, não clamam e nem sossegam.
Mas amontoam-se anunciando uma inscrita.
Esta, circula sem pontos de falta como uma pulsação sem rumo.
Míriam Machado
21 de Março de 2012
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Tenho procurado quatro paredes por todos os meus dias...
Saio por terras estranhas vestida de um macacão raro.... Adentro aos bolsos, carrego pincéis. Às mãos, baldes com tintas.
Preciso desesperadamente de uma parede azul.
Uma amarela.
Uma vermelha.
E a outra...
Preta.
Desejo pendurar rabiscos. Para todo concreto de pé, furos a pregos.
Sobre minha cintura, sacos de linhagem amarrados. Dentro, uma lamparina e duas velas..
A lamparina para iluminar alguma coisa, pouca coisa, quase nada...
A vela para queimar... alguma outra coisa, pouca coisa, quase nada...
Procuro um chão prolongado e vazio ... para um final forrado e quente-suado...
Almejo uma janela imensa, na verdade, desproporcionalmente gigantesca.. Quem sabe me bastasse uma janela de itu?
Ela deve dar suporte a dois corpos, mais um bule, mais um feltro e mais duas xícaras com café quente a serem tomados sob exposições geladas.
No canto entre duas paredes, um vaso de barro pleno de terra... sem raiz .
A planta a ser investida por ali, será posta por decisão tomada em uma manhã próxima e extraordinária.
Míriam Machado
15 de Dezembro de 2011.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Cozinheiro caprichoso!
10 de Dezembro _ 2011
....
Engraçado/estranho... Sempre que eu tomo um vinho e curto de montão, costumo dar ênfase ao mesmo... E no entanto, eles não mais tem feito o papel principal... Tipo figura de fundo...
O que vem ao caso agora... É o carinho com que cozinham com arte...... pra mim.
....
Engraçado/estranho... Sempre que eu tomo um vinho e curto de montão, costumo dar ênfase ao mesmo... E no entanto, eles não mais tem feito o papel principal... Tipo figura de fundo...
O que vem ao caso agora... É o carinho com que cozinham com arte...... pra mim.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Coisas de um ano....
Que jantar liiiiindooo! Essas são dessas experiências que vem e..... ficam. Sabe como é.."Coisas" de UM ANO.....
_ sorrisos_
Obrigada...!
_ sorrisos_
Obrigada...!
Fotografia dia 13 de Novembro.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Momento de reabrir....
Eu ando com saudade das minhas palavras sinceras...
Na verdade eu ando com muita saudade...
Dessas experiências todas que saem de mim...
De toda consciência e inconsciência, de todo meu estômago e de todo o meu peito...
Tudo que sái das minhas dores ou dos meus gozos..
Eu ando com uma saudade imensa de mim.
Míriam Machado
Eu ando com saudade das minhas palavras sinceras...
Na verdade eu ando com muita saudade...
Dessas experiências todas que saem de mim...
De toda consciência e inconsciência, de todo meu estômago e de todo o meu peito...
Tudo que sái das minhas dores ou dos meus gozos..
Eu ando com uma saudade imensa de mim.
Míriam Machado
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Mostra de cinema BH.
..
http://www.cinebh.com.br/#
Um dos eventos de Belo Horizonte que eu mais amo!!!
Sem contar que acontece na esquina da minha casinha...
Af...
http://www.cinebh.com.br/#
Um dos eventos de Belo Horizonte que eu mais amo!!!
Sem contar que acontece na esquina da minha casinha...
Af...
domingo, 4 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
"... acho que você deveria fazer algo "explosivo", no sentido em que tenha que falar muito, falar alto, falar com muitos, que pudesse colocar para fora QUALQUER coisa."
Sérgio Martinez
Sérgio, eu não sei se vou conseguir alcançar, atuar essa sua idéia maravilhosa..!
Foi tão perfeita essa sua resposta à minha escrita, que ela merece tal marcação.
Isso que você diz achar é exatamente o que eu sinto vontade de fazer.....
Está aí uma conversação para uma vida...
Tentarei fazê-la acontecer todos os meus dias!
Obrigada, meu amigo!
Mi
Under Pressure
Eu nem costumo postar referências...
Mas hoje vou-me...
...
Enquanto isso, vou terminando os meus quatro textos a serem postados logo, logo...
Quanto a "Under Pressure".... palavras como : ".....Rezo para que o amanhã me deixe mais animado...Pressão sobre as pessoas - pessoas nas ruas....Afastei-me disto tudo como um homem cego....Sentei num muro mas isso não funciona....." são fantásticas porque traduzem bem esse meu instante!
... Vale demais acompanhar a letra...!
Mas hoje vou-me...
...
Enquanto isso, vou terminando os meus quatro textos a serem postados logo, logo...
Quanto a "Under Pressure".... palavras como : ".....Rezo para que o amanhã me deixe mais animado...Pressão sobre as pessoas - pessoas nas ruas....Afastei-me disto tudo como um homem cego....Sentei num muro mas isso não funciona....." são fantásticas porque traduzem bem esse meu instante!
... Vale demais acompanhar a letra...!
Under Pressure
Queen
Um boom ba bay
Um boom ba bay
Um boom ba ba bay
Pressure pushing down on me
Pressing down on you no man ask for
Under pressure - that burns a building down
Splits a family in two
Puts people on streets
Um ba ba bay
Um ba ba bay
Dee day duh
Ee day duh
That's Ok
It's the terror of knowing
What the world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow gets me higher
Pressure on people, people on streets
Day day day
da da da dup bup
O.k.
Chippin' around
Kick my brains around the floor
These are the days it never rains but it pours
Ee do bay bup
Ee do bay ba bup
Ee do bup
Bay bup
People on streets
Dee da dee da day
People on streets
Dee da dee da dee da dee da
It's the terror of knowing
What this world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow - gets me higher high high
Pressure on people - people on streets
Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
but it's so slashed and torn
Why - why - why ?
Love love love love love
Insanity laughs under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance?
Why can't we give love...?
give love give love give love give love give love give love give love give love...
'Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care for
The people on the edge of the night
And loves dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Under pressure
Pressure
Um boom ba bay
Um boom ba ba bay
Pressure pushing down on me
Pressing down on you no man ask for
Under pressure - that burns a building down
Splits a family in two
Puts people on streets
Um ba ba bay
Um ba ba bay
Dee day duh
Ee day duh
That's Ok
It's the terror of knowing
What the world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow gets me higher
Pressure on people, people on streets
Day day day
da da da dup bup
O.k.
Chippin' around
Kick my brains around the floor
These are the days it never rains but it pours
Ee do bay bup
Ee do bay ba bup
Ee do bup
Bay bup
People on streets
Dee da dee da day
People on streets
Dee da dee da dee da dee da
It's the terror of knowing
What this world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow - gets me higher high high
Pressure on people - people on streets
Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
but it's so slashed and torn
Why - why - why ?
Love love love love love
Insanity laughs under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance?
Why can't we give love...?
give love give love give love give love give love give love give love give love...
'Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care for
The people on the edge of the night
And loves dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Under pressure
Pressure
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A_gosto.
Por que será que eu ando com saudade do mês do meu aniversário?
Não fora revelador..
Fora o meu dia..... nada me lembro, nada me apavora ou surpreende.
Sinto-me desgarrada.
A saudade parece que traz-me à tona a lembrança de que algo se fora com esse agosto...
Perdera-se sem que a tempo, eu desse falta.
Não sei o que.
Não sei de que maneira.
O momento certo.
E o valor da coisa.
Apenas sei..
Me era caro..
Saudade não sei mais se do "a_gosto"... ou do fazer aniversário.
Míriam Machado
31 de Agosto de 2011
..
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Ganhei esse presente... Por que será?
"I´ve made up my mind.
"I´ve made up my mind.
I´m going to sit right here and soak up this warm goodness this bright happiness,
this thing called sunshine!!!
So if you´re looking for me, try the beach, because that´s where you´ll find me.."
"Fiz minha cabeça...
Vou ficar sentado aqui curtindo a felicidade.
Essa coisa chamada Sol Brilhante...
Então se você estiver procurando por mim, tente a praia porque é lá que você vai me encontrar..."
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Otto ___
Apaixonada pelas músicas desse Pernambucano..
Há algumas letras bem especifícas que estão me provocando e surpreendendo... Dizendo de mim enfim...
Indico demais!
domingo, 7 de agosto de 2011
No dia 02 de agosto..
Essa imagem representa muito o que eu penso, o que eu vivo, o que eu sou...
Obrigada pelo brinde a minha pessoa... Eu amei a cada um que se lembrou, foi me abraçar e brindou comigo... Aos amigos que não conseguiram ficar até esse momento ou que chegaram depois e não estão na foto, considerem que estão tão gravados em minha memória como a fotografia!
Beijocas!
Mi
terça-feira, 26 de julho de 2011
Escrevi esse texto dia 20 de Maio... Nesse dia, eu senti a necessidade de ficar com ele mais tempo, não expô-lo de imediato... O que nesse momento já não é o caso... posso compartilhar.. São escritas complexas até pra mim, cheia de contraditórios.. Era assim que eu me percebia... Todos temos um tanto disso, às vezes....
___
___
Hoje eu só, chorei três dias porque hoje eu... só.
E acordei quando fui dormir.
O agora ainda não chegou ao relógio, pois este está aquém para todos os meus “agoras”.
Meus poros abriram, quando o dia de manhã anoiteceu.
E quando amnésia atingiu os seres.
Sem passado.
Sobrou desejos pontuais e presentes.
Hoje meu estômago me saiu pelos lábios.
E de tão vazio, orgulhou-se de sua leveza e liberdade.
Nada a carregar do peso do mundo.
Hoje meu riso está desconsertado.
Liberta um som esquisito.
Não é uma gargalhada, nem um soluço e não é mudo.
É um tropeço desafinado.
Mais uma vez acolhi minha solidão.
E nisso ela perdeu o sentido.
Abracei-a com meus braços inteiros...
Coloquei-a em meu colo.
Contei-lhe meus segredos..
E um deles é de que eu a amava.
Chorei emocionada..
Balbuciei-lhe uma música... sem letra...
Parecia mais uma canção de ninar.
Foi quando acariciei--lhe o seu til.
E ela não mais rosnou pra mim.
Hoje minha alma manda em mim.
Ela não cabe em meus órgãos internos, tampouco em meus membros externos...
Não cabe em minha consciência, tampouco em meus sentimentos.
Não cabe no meu supereu.
Não se diz nos meus atos.
Não se satisfaz com o que vê, os meus olhos.
Não se satisfaz com o cheiro que alcança, minhas narinas.
Não lhe é referência a temperatura externa que arrepia a minha pele.
Não se deixa levar pelo que ouve e nem pelo que deixa de ouvir.
A minha alma continua com fome.
Uma gulosa ela!
Atravessa o meu corpo e exterioza-se a minha volta.
Ela escreve, desenha, dança, desfaz de consumo e ri da minha cara.
Procura acalentar minha inquietação.
Sedenta de letras, de cores, de amores, de carnes , de histórias.
Diz que se todos pudessem vê-la , ainda assim não saberiam quantas cores ela tem.
Nem sobre o seu formato.
Contínua, fluída, multicolor.
Hoje minha alma não cabe em mim.
Amanhã eu penso que terei que correr atrás dela.
Ela definitivamente tem humor e está sempre chamando-me a distâncias, exigi-me mais exatamente nas horas em que penso que cheguei ao lugar dos meus sonhos, ou quando acredito não conseguir continuar.
Confessa-me que não nasci da vida, mas de mim nasce a vida quando eu tenho coragem ...
E acrescenta de que é preciso um tanto disso para deixar morrer o que de mim não há, mas que de alguma maneira ocupa-me um espaço...
Toma-me pelas mãos e me atravessa no tempo.
Não temo.
Amanhã é agora, disse-me ela.
Agora!
20 de Maio.
Míriam Machado
domingo, 24 de julho de 2011
Tudo ainda vive.
Só a música mesmo é capaz de levar-me para lugares onde eu não posso ir exatamente agora...
Momento em que eu não posso largas as coisas... Essas coisas que verdadeiramente eu posso dizer, é o meu eu , que se agarra também.
Mas as músicas... Elas me levam para todos os lugares, onde eu quero ir...
Permite-me viver tudo que me liberta... na companhia de pessoas que desejo.
Estou eu aqui.... e a música aqui.... e tudo ainda vive em minha mente.... agora.
(Por um presente que ganhei de três semanas.)
Mi
Momento em que eu não posso largas as coisas... Essas coisas que verdadeiramente eu posso dizer, é o meu eu , que se agarra também.
Mas as músicas... Elas me levam para todos os lugares, onde eu quero ir...
Permite-me viver tudo que me liberta... na companhia de pessoas que desejo.
Estou eu aqui.... e a música aqui.... e tudo ainda vive em minha mente.... agora.
(Por um presente que ganhei de três semanas.)
Mi
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
38
E de repente eu me pergunto o porquê.
De agorinha para o dia 02 faltam 20 dias.
Vinte, vinte... Vinte dias!
E só hoje eu me tomo por pensar na idade que tenho.
Engraçado, que a entrada dos meus 37 comemorei com uma velinha de 15 anos... Fora um contratempo da Momo no qual eu fizera uma encomenda... Na última hora, eles não se deram conta das velas... Aí veio a de 15. Foi uma diversão na festa em função desse número... Experiências que a gente não esquece...
Mas a questão é... Por esse tempo que se passou, a toda possibilidade de dizer minha a idade, eu dizia que tinha quase 40? Por que será que me antecipei tanto?
Por que será que em momento algum eu considerei esses tais 37?
Seria uma pressa a idade da "Loba", seria evitar um número ímpar, mas eu adoro os números ímpares!
Eu sei que não vou me esquecer das experiências que vivi nestes... Mas é fato que se tratou de uma idade não citada nos meus discursos...
E os 38?
Não, não é uma arma.
Mas de fato um novo ciclo que se fecha e outro que se abre e continua.
Um número que marca um saber que mesmo que lhe faltem velas...
Porque o que não pode faltar mesmo... são os vinhos.
OBS:ainda não sei onde irei comemorar meu aniversário... Mas logo, logo comunico!
Beijocas!
Mi
domingo, 10 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
O tempo avança.
Admite-se o dia e escapa o mesmo.
As horas no relógio giram 360 graus sem enguiço.
É luz , é sombra.
O vento passa, as nuvens passam, as pessoas passam, as dores passam, as alegrias subsistem.
O meu tudo, alegrias que permanecem.
As lembranças estancam.
E nisso, eu vivo enquanto nisso.
Eu sinto uma saudadezinha das horas que eu poderia ter feito mais alguma experiência e não o fizera.. .
Mas eu ainda autorizo-me.
É.. Eu dotada de recursos, visto que estou aqui.
Eu pego-me surpresa quando de repente a semana já virou, o mês já é fato passado, o ano acabou.
Ainda tenho o agora.
É. Ainda é sábado.
Sustento os dias livres.
A segunda não chegou.
Míriam Machado
Texto escrito em 25 de Junho de 2011.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Desejo que desejem.
É hoje.... Estamos exatamente no meio do ano.... Hoje, "1º julho às 14 horas, 54 minutos e 36 segundos"...
Já sentei-me aqui no meu quarto calmo... E deixei algum tempo passar...
"Olhei" para trás...
Lembrei-me das já conquistas e perdas, dos momentos mais delicados e mais gloriosos... Lembrei-me dos meus movimentos, de minhas gargalhadas, de algumas lágrimas ou mesmo de uma voz entalada na garganta tentando segurar algumas dores e manter um mínimo de equilíbrio nas horas frágeis... Lembrei-me das novas pessoas que entraram em minha vida, das pessoas que já se foram, das pessoas que permaneceram e das pessoas que não permaneceram mas também "não foram embora"...... Lembrei do tanto que fizeram-me aprender a mais sobre eu mesma e do tanto que eu ainda posso saber... Lembrei-me do que posso partilhar a respeito da vida, acrescentar a um outro ser... Averiguei a importância dessas trocas nesses meus quase 40 anos... Momento em que a certeza de que uma das experiências mais ricas da vida é de fato o contato com o outro.
Hoje... Já lembrei-me dos meus desejos ainda não satisfeitos e das surpresas nas quais eu não contava e que agregaram a minha vida , um tanto mais de experiência.
Tive a oportunidade de amadurecer os saberes no dia a dia e perceber-me mais no que se trata de quem sou e do que preciso para viver...
Constatei de que o que preciso está ao meu lado, está ao alcance, de uma simplicidade imensa... Mas pela imensidão da simplicidade não é tão fácil de fazer valer...
Nesses seis meses, não ganhei na sena, não comprei o carro do ano, não tive filhos ou fiz aquela viagem dos sonhos...
Mas nesses seis meses como já a muitos anos, eu procuro me lembrar do que eu ouvi em uma seção de análise a muitos, muitos, muitos anos... Momento em que eu não sabia muito sobre em que direção ir e que eu, naquele momento, acreditava que estava tudo muito difícil de acontecer... Era um dia como o de hoje... Tinha esse sol todo... A manhã estava começando... Eu estava tão saudável como agora... Tinha amigos, uma família, já sabia sobre o que alegrava o meu coração e apaziguava a minha mente... Então ouvi daquela que me tratava das experiências inconscientes:
"_ Você pode fazer hoje...agora... qualquer coisa que você quiser! Esse tempo é seu!"
Essa é uma fala, uma intervenção que eu faço uso como uma veste... E esta eu não tiro para tomar banho, para dormir.. Não troco para sair de casa, para entrar em casa, quando estou só ou com alguém. Não tiro quando meu corpo se encontra exausto ou em meio a multidão.. Não temo perder e não me pesa os meus "bolsos" ...
Então nessa manhã de concentração, tempo de constatação, olhei para trás e me perguntei deliciosamente o que quero fazer acontecer nesse próximo tempo de 2011.
Renovei minhas forças sem me esquecer de que esse agora é todo meu...
Não há nada e ninguém que possa impedir que eu possa viver meu desejo, mesmo porque os meus estudos, a minha profissão garanti-me o saber que as atitudes, as decorrências da vida podem até serem vivenciadas por muitos para/como impedimento dos próprios desejos...
Mas essas mesmas atitudes não fazem barra aos desejos dos mesmos.
Desejos, mesmo que não em atos, continuam pulsantes.
Essa escrita me serve como um documento, uma identidade que eu tenho e vou fazer valer nesse próximo tempo de 2011 e obviamente pelo tempo de uma vida , a minha.
Se hoje acontecesse uma virada, muitos se reunissem em festa, vestissem o branco, levantassem brindes e se fizessem desejos cheios de esperança de um novo tempo... Eu desejaria a todos, que no próximo tempo ocupassem-se do que os seus corações desejassem...
Sem se deixarem cair nas armadilhas das crenças conscientes, sem se deixarem impedir o que pode tornar suas próprias horas... um tanto muito ou tanto pouco mais felizes, sem medos, sem imaginários...
Que tivessem coragem de fazer um movimento, mesmo que pequeno, mas que continuassem construindo...
Desejaria a todos que estão a chegar, aos que permanecem ou aos que já foram ou... não foram.
Desejaria que desejassem...
Enfim, que vivessem verdadeiramente.
Míriam Machado
01 de Julho de 2011.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
A diferença entre ter e causar.
Porque eu tenho dois olhos e posso olhar em uma direção.
Porque eu tenho uma boca e posso beijar a uma carne..
Porque eu tenho duas mãos e posso tocar a um corpo.
Porque eu tenho uma pulsação e posso desejar a uma não solitária experiência.
Porque depois das consequências ..... já não causo só.
Míriam Machado
Texto escrito em 29 de Junho de 2011.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
...
Já dizia minha mãe:
"Deus foi perfeito, quando fez com que apenas nós mesmos soubéssemos de nossos pensamentos....Os outros não podem saber o que estamos a pensar... Perfeito..."
É...
Estou a pensar agora que...
Míriam Machado.
29 de Junho de 2011
22:21hs
"Deus foi perfeito, quando fez com que apenas nós mesmos soubéssemos de nossos pensamentos....Os outros não podem saber o que estamos a pensar... Perfeito..."
É...
Estou a pensar agora que...
Míriam Machado.
29 de Junho de 2011
22:21hs
domingo, 26 de junho de 2011
As coisas...
Essas coisas...
Diga-me se essas coisas..
Essas coisas quando morrem... tornam-se ficção?
E essas coisas...
Essas mesmas coisas...
Se não morrem...
Mas também não vivem o real de suas experiências...
O que elas são, então?
Míriam Machado
26 de Junho de 2011
Diga-me se essas coisas..
Essas coisas quando morrem... tornam-se ficção?
E essas coisas...
Essas mesmas coisas...
Se não morrem...
Mas também não vivem o real de suas experiências...
O que elas são, então?
Míriam Machado
26 de Junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Cadê?
Permitir-se assumir que em tudo existe a cor.
Filosofias que saem de bocas tagarelas...
Sons que balancem mesmo que sem ritmo, o corpo.
Atitude de quem não tema sinais vitais.
Escritas atrevidas.
Questionamentos mesmo que sem respostas.
Uma novidade.
Uma partilha.
Um café.
Uma colher de açúcar.
Um abraço...quente.
A sintonia de olhares e uma consequência cumpliciosa.
A consciência de que nunca se está pronto.
A inconsciência de quem completa o texto.
Um ser de doçura porque a mesma é de graça.
A lembrança de que para viver não paga nada e que para todo o resto... paga-se a si mesmo através das contas mais caras...
A continuidade depois que se termina algo....
Que escute mais o que tem a dizer do que diga sem ouvir as próprias palavras.
Que se acabe e recomece no desejo.
Quem senta-se aos meios fios e fale de uma vida inteira.
E que no inteiro assuma todos os teus buracos.
Quem consegue....
Cadê?
Míriam Machado
21 de Junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Pronta.
No meu blog "Que nem rabo de lagartixa e cor de camaleão." :
Pronta:
http://quenemrabodelagartixacordecamaleao.blogspot.com/2010/11/pronta.html
Pronta:
http://quenemrabodelagartixacordecamaleao.blogspot.com/2010/11/pronta.html
Essa sensação aí.....que lhe causo agora.
Aquele gigante...
Ele me aparece às vezes....
Eu sei que não vai adiantar correr...
E nem tentar me esconder...
A tua sombra chega a mim muito antes do mesmo...
E me crava com suas unhas duras e negras.
Não estou tomada de medo.
Mas sim, de uma consciência e esta, nunca fora boazinha para comigo.
Tal qualidade me lança frente a esse ser cruel.
Aceita todas as tuas desaventuras.
Seu vazio, sua glória não alcançada, a aceitação de uma fragilidade e imaginário de um outro , o que impede a real experiência da vida.
Faz-me engolir a seco as palavras minhas que não foram ditas.
Sabe, aquele silêncio....
Lembra, aquele silêncio?
Se fez sábio quando entendeu de que a minha palavra era o melhor , o meu auge, algo que me poderia ser útil mais tarde....
É um saber a salvo, desse gigante/dor que chega agora...
Capinando tudo, arrancando as raízes e lançando-me ao alto .
Deixando-me cair as pedras em tombos de grandes alturas.
Deixando-me cair as pedras em tombos de grandes alturas.
Permaneço-me firme com minhas palavras guardadas aqui dentro de mim.
Sim, porque elas continuam guardadas...
Mas esse gigante...
Está imenso a minha frente.
Faz um barulho estrondoso.
Traz consigo uma dor pontiaguda tornando-me solitária.
Não sei por quanto tempo ele irá permanecer.
Arremeçando-me de um lado a outro como se pudesse me fazer dizer...
Tirar a minha força....
E confesso...
Os meus membros, minha pele, o meu peito, as minhas idéias andam um tanto exaustas.
Meus ossos, o gigante quebra...
A minha carne, ele rasga.
E meu estômago anda dolorido pelos teus golpes.
Meus ossos, o gigante quebra...
A minha carne, ele rasga.
E meu estômago anda dolorido pelos teus golpes.
Mas aquelas palavras não ditas, sabe?
Elas permanecem intactas.
É a força das mesmas , que me fazem prontificar agora para esse gigante que chega.
Abro meus braços ao mesmo e digo-o:
_ Faça o que tem que fazer!
_ Faça o que tem que fazer!
É a força daquelas minhas palavras não ditas, que irão me recuperar dessa afronta toda.
E é a força das mesmas que me dá a certeza do que eu causo agora....
Sabe o que sentes nesse exato momento que lê essas linhas?
Mesmo que eu não veja ou ouça a ti..
É a força daquelas minhas palavras que eu não disse, que me dão a certeza do que sentes agora...
Veja só que ouro...
Essa sensação cravada aí...
Escancara minha legitimidade.
E consequentemente legitima o nosso.
De que, o que vem ao caso é a experiência real e alegre.
Coisas que gigante algum pode arrancar.
Minhas palavras não ditas cuidam do que não se pode arrancar.
Disso aí... que lhe causo agora.
E a mim também...
Aqueles segundos daquela ligação em que nada fora dito, transformam aquela dureza do momento nisso aí que sentes.
Essas são experiências que uma leide ainda pode causar... sem abrir mão de nada...
E a mim também...
Aqueles segundos daquela ligação em que nada fora dito, transformam aquela dureza do momento nisso aí que sentes.
Essas são experiências que uma leide ainda pode causar... sem abrir mão de nada...
Míriam Machado
17 de Junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
A maria fumaça da sua janela.
O que torna possível assistir o "espetáculo", vai além da janela estar aberta.
Está em se prontificar para vivenciar o que se passa frente a ela.... no tempo em que as experiências acontecem.......
"Escute"................
Esvaziemos e arrumemos as mochilas então, se é isso que tu queres...
Levarei a blusa e protegerei-me do frio, Senhor dos cuidados...
Digo, é esse o momento de ouvir nossos caprichos todos.... para em seguida...
Ocuparmos do show.
Com carinho.
Mi
01 de Maio de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Ah, Rio....
O dia espreguiça...
A frente, percurso plano e vasto.
O rio é o destino.
O rio...
Nas mãos, carrego baldes vazios.
No percurso, o som do nada.
A pretensão é simples...
Encher os baldes.
Já nas margens, agachada frente as tais águas frias...
Mergulho nas transparências , esses metais cinzas, na satisfação de ter-me a disposição, o que me limpa ... mata a minha sede... e prepara-me um alimento.
As latas submergem às aguas, com as mesmas, fugindo-lhe aos cantos.
Deparo-me com furos.
O balde não se enche.
Não se enche...
Debato-me para resolver a urgência.
Não há tanto tempo para que eu possa retornar a casa, buscar panelas, desenvolver o percurso, retornar ao rio.
Já seria noite nesse instante.
Prontifico-me.
Aventuro-me a me despir de roupas , de ideias, de saberes até então adquiridos, de crenças ou medos.
Adentro ao rio.
Mergulho.
Lavo a minha pele, minhas vestes, minha alma.
Refresco meus transtornos.
É assim que sinto e dou graças....
Esfrego-me de todo pó, confusão e do não saber.
Renovo-me para uma nova experiência.
Qualquer uma, desde que desejante .
Bebo a água transparente e fresca.
Mato assim a minha sede.
Hidrato o meu corpo.
Renovo o meu fôlego.
Reservo-me a temperatura.
Agora sou rio também.......
Sobre as minhas pernas, costas e braços, passam-me outras vidas.
Estico as mãos e as toco.
Elas matarão a minha fome.
Carnes brancas...
Brancas.
Agarro-as entre dedos e unhas.
Sinto a sua falta abaixo do meu peito.
Meu estômago me diz sobre a sua ausência.
E dói.
A carne_escama se debate frente aos meus olhos.
Serei eu ou ela.
Obstinada decido... Serei eu.
Carrego- a apressadamente para a terra.
E é sim com os meus dedos que a preparo e sustento-me...
Torno assim tais carnes brancas, partes de mim...
Agora sou branca também...
Saciada, sento-me entre matos e pedras.
Assisto o rio correr por horas...
Tudo que eu penso nesse momento de voltar pra casa é...
Posso estar com esse rio assim........
Indo e vindo.
Não poderei levá-lo comigo...
... Como quem carrega malas_baldes.
Tudo que posso é renovar a experiência, provocando uma osmose nossa, a cada novo encontro.
Nesse próximo intervalo, ele não será mais o mesmo.
Eu também não.
Deixarei assim esses baldes pra trás.
Voltarei amanhã sem pretensões de enchê-los.
Este foi o deleite que os furos me proporcionaram.
Agora , sem pesos nos percursos, foi-me apresentada a perspectiva de um outro encontro.
Em um intervalo próximo, tornar-me-ei branca com as carnes do rio.....
Água com as águas do rio....
Uma química homogênea....
E tudo que torço é que não exista uma seca..
Ou que a seca...não aja.
Míriam Machado
12 de Abril de 2011.
Assinar:
Postagens (Atom)