quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Despedida 12-03-2008

Despedida.
Quantas vezes escrevi achando que seria uma despedida?
Quantas vezes tentei iniciar um relacionamento desejando que fosse uma nova etapa?
Não foi.
Quantas vezes me senti melhor, me diverti sem você, conheci pessoas interessantes e quando o dia lindo me chegava a janela, acordei e chorei sua falta?
Não tenho mais a pretensão de esquecer.
Não posso mais contar com isso.É preciso mesmo aceitar que tem experiência que vem para ficar.
Mesmo que de longe você veio para ficar.
Eu me lembro de detalhes nossos.
As vezes mal consigo abrir meus documentos porque há fotos demais neles de você...
Nunca neguei sua presença dentro de mim para ninguém e nunca desejei fazê-lo nem por mim.
Essa escrita é para eu aceitar.
Tentar aceitar... Que eu não tinha saber o suficiente para suportar a sua futura ausência física, mesmo não estando de coração.
Eu sempre senti muito por você e ainda sinto.
É impressionante!
Essa é a palavra mais presente em minha consciência por todo esse tempo que estamos separados.
Impressionante como você não sái de mim.
Impressionante como ainda sonho, como ainda choro, como lhe encontro nas músicas, nos programas mais diferentes de você ou diferentes do que vivemos juntos.
Impressionante como lhe encontro nas pessoas que se aproximam de mim, parecidas com você ou não, porque na verdade, não preciso encontrar algo que me lembre você para fazê-lo.
Me lembro de sua pessoa até nos contrários.
Impressionante como falo de você com tanta naturalidade aos meus próximos como se nunca tivéssemos nos separado.
As vezes.... Me desmonto por você e sei que nem podes imaginar que tudo isso acontece.
Se você soubesse?
Começo a falar com Deus... E diante do óbvio de que és tão especial, começo a crer que toda nossa história aconteceu, apenas para eu lhe “olhar” como alguém especial que fez parte do meu cenário. E essa nova crença é muito cruel comigo. Não sei mais, se contigo também....
Gostaria de lhe ver em qualquer esquina, mas quando vejo você, você não me vê. E me dou conta, de que eu queria ser vista por você também.E por alguns milésimos de segundos ter a sensação de estar sendo correspondida por teu desejo, como sempre soube que fui durante o tempo que estivemos juntos.
Já faz algum tempo que tudo se foi....
Quase o pouco tempo intenso que tivemos.
É impressionante como mesmo sem você, estive aqui lembrando e lhe procurando de alguma maneira todos os dias.
Todos os dias.
Não houve sequer um dia que eu não sentisse...Sentisse mesmo, em meu peito, a falta do que você é.
Eu continuo aprendendo e por isso mesmo, nada mais posso afirmar em relação a nós dois.
Hoje minhas esperanças estão chegando ao fim.
Então já iniciei novos movimentos que enquanto possuía esperanças, não faria. Imagino que contigo também esteja se dando o mesmo.
Sei que se lhe procurasse, em um primeiro momento seríamos colegas. Mas isso ainda seria impossível para nós dois.
Nos sabemos.
Ou...
Até onde sabemos...
E todo esse saber me deixa triste.
Podes estar tão “ocupado” e descrente como eu, mas eu sei como você sabe, que ainda sentimos o mesmo um pelo outro.
E mesmo depois de todo esse tempo e de todas as coisas que vivemos separados e mesmo acreditando que seria mais difícil, inimaginável estarmos juntos novamente, ainda assim eu trocaria tudo para ter acesso a você de novo.
Mesmo sabendo o quanto delicado poderia ser...
Com toda minha lágrima e todo o meu amor, eu estaria presente.
Então se o nome de tais escritas iniciaram-se com a palavra despedida.
Você pode entender tal palavra como uma despedida da crença de que um dia eu poderia esquecer você.
Despedida dessa necessidade de lhe esquecer, que não é maior do que a necessidade de estar contigo.
Porque nunca deixei de estar.
Despedida de uma idéia errônea de que você seria só mais um.
Não foi e não é.
Um alguém que me trouxe um pensar diferente.
Tão diferente que agora se somou a partes de mim.
Eu tenho toda essa história como um grande apreço.
Só vejo motivos para olhá-la como uma referência digna e feliz.
Sem qualquer razão para querer me desfazer dela, pelos momentos que nem sempre foram tranquilos.
O que me importa foi a intensidade correspondida que vivi.
Míriam Machado
12-03-08

Um comentário:

  1. Desculpe a pretensão, mas sinto tão minhas estas palavras que seria capaz de me apoderar delas sem prejuízo algum para o que sinto...

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