segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sedenta...

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Sempre se é terrível abafar o caso.
Silenciar alguma coisa.
Manter-ne na sua.
Eu nem creio ser o correto.
Mas creio que as coisas... Essas coisas que vêm e permanecem latentes só devem ser trazidas à tôna se partirem de todos os lados. Ambos os lados...
Mas enquanto isso não acontece, bloqueia-se...
Com pouquíssimas palavras.
Com pouquíssimos gestos.
Pouquíssimas manifestações.
O que a experiência traz com o tempo é isso...
Um tanto de agir na reciprocidade.
Não dando espaços a enganos.
Enquanto isso fica aí...
Cruel. Essa lembrança toda... Esse querer todo...
E diante dessa aspiração, a moderação que não é proporcional ao real.
Real... Desejo...
Ainda assim pode-se torcer para que não se entenda mal o que não esteja sendo manifestado.
Torcer para que não se entenda uma ausência de todos meus pensamentos e vontades....
Porque eles estão vivos.
Fortes e dispostos.
Aqui.
E enquanto isso... Vou indo... Fazer o quê?
Para que eu fui levantar a pergunta?
Fazer o quê???
Perguntas abrem possibilidades...
E eu nem sei por onde...


Míriam Machado
25-05-2009

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